Um projeto chamado ProGen, que culminou em pesquisa publicada na Nature Biotech, mostrou que a inteligência artificial (IA) poderia criar com sucesso as estruturas 3D de proteínas artificiais. Essas descobertas, segundo informações do TechCrunch, podem estar levando a novas direções na indústria farmacêutica.

O ProGen foi liderado pela Salesforce, empresa conhecida por seu software de suporte de vendas em nuvem. Pesquisadores concluíram que, ao usar IA generativa para projetar proteínas, é possível descobrir tratamentos médicos com melhor relação custo-benefício do que os métodos tradicionais.

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O próximo passo dessa história se dá com a fundação da Profluent. Um dos responsáveis pela ProGen, Ali Madani, lançou esta nova empresa na esperança de levar tecnologia de IA semelhante a da geração de proteínas de laboratório para as mãos das empresas farmacêuticas.

Madani crê que a Profluent será a empresa capaz de reverter o paradigma de desenvolvimento de medicamentos, começando com as necessidades terapêuticas e do paciente e trabalhando de trás para frente para criar soluções de tratamento personalizadas.

IA medicina
Imagem: PopTika/Shutterstock

“Muitos medicamentos, enzimas e anticorpos, por exemplo, consistem em proteínas”, disse Madani. “Então, em última análise, isso é para pacientes que receberiam uma proteína projetada por IA como medicamento”, conclui.

Genética e IA trabalhando juntas

  • Madani trabalhou divisão de pesquisa da Salesforce e algo que chamou sua atenção foi os paralelos entre a linguagem natural (por exemplo, o inglês) e a “linguagem” das proteínas;
  • Ele descobriu que as proteínas – cadeias de aminoácidos ligados entre si que o corpo utiliza para vários fins, desde a produção de hormônios até à reparação de tecidos ósseos e musculares – podem ser tratadas como palavras em um parágrafo;
  • E, sendo tratadas como palavras, alimentados em modelo generativo de IA, os dados sobre proteínas podem ser usados para prever proteínas inteiramente novas com funções novas;
  • Madani e o cofundador da Profluent, Alexander Meeske, professor assistente de microbiologia na Universidade de Washington, pretendem levar o conceito um passo adiante, aplicando-o à edição genética.

O foco da Profluent nos próximos meses será a atualização de seus modelos de IA, em parte pela expansão dos conjuntos de dados de treinamento, diz Madani, e pela aquisição de clientes e parceiros.

“Desenvolvemos nossa plataforma inicial e mostramos avanços científicos na edição de genes. Agora é a hora de escalar e começar a viabilizar soluções com parceiros que correspondam às nossas ambições para o futuro”, afirma Madani.

Imagem: Gerada com IA/Shutterstock



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