A BYD deixou a rival Tesla para trás e, no primeiro trimestre de 2024, assumiu a liderança das vendas de carros elétricos globalmente.
Mesmo assim, a montadora chinesa lucra quase sete vezes menos por modelo vendido do que a estadunidense. Ao que parece, a estratégia é priorizar volume, algo que causou o “efeito BYD” mundialmente.
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BYD vs. Tesla
- A disputa entre BYD e Tesla se manteve acirrada no ano passado. Já este ano, a chinesa passou na frente;
- Só na China, foram 2,70 milhões de vendas, enquanto a estadunidense vendeu cinco vezes menos: 603,66 mil unidades;
- No entanto, o lucro médio por unidade foi quase sete vezes menor. Números da Late Finance divulgados em portais de notícias chineses, como o Car News China, mostraram que a marca lucrou em média 9 mil yuans, cerca de R$ 6,2 mil;
- Já a Tesla lucra cerca de R$ 41 mil por unidade. Os dados são referentes a vendas de 2023.
Efeito BYD
Ao que parece, a estratégia da BYD é ganhar o mercado antes de começar a lucrar com cada unidade, priorizando volume.
Inclusive, em meados de 2023, a montadora criou seu próprio “efeito BYD”, abaixando os preços para se popularizar em novos mercados e forçando rivais a se adequar. O Dolphin foi um desses casos.
Só no Brasil, no ano passado, foram 17,94 mil carros da marca vendidos, segundo dados da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE). Isso tem seu lado positivo: segundo o Jornal do Carro, as reservas de caixa da companhia aumentaram oito vezes desde o fim de 2019, mesmo com o lucro por unidade negativo até 2021.
No Brasil
Como mostram os dados, no Brasil não foi diferente.
O último lançamento da montadora chinesa por aqui foi o Dolphin Mini, que está brigando pelo posto de elétrico mais barato do país.
Conhecido como Seagull no exterior, ele é o modelo mais acessível da BYD, saindo R$ 115,8 mil. Atualmente, a briga para ser o mais barato é com o Renault Kwid E-Tech.