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Yasmin Brunet fala sobre diagnóstico de lipedema: ‘Sentia muita dor’

Yasmin Brunet fala sobre diagnóstico de lipedema: 'Sentia muita dor'

Cirurgiã-vascular explica quais são os principais sintomas da doença sofrida pela ex-sister

24 abr
2024
– 19h09

(atualizado às 19h24)

Resumo
Yasmin Brunet, modelo e ex-participante do BBB24, desabafou no programa Encontro sobre compulsão alimentar e lipedema. Esta última é uma doença caracterizada pelo acúmulo de tecido gorduroso com aumento de tamanho nos membros e é associada a alterações hormonais.




Yasmin Brunet comenta sobre diagnóstico de compulsão e alimentar e lipedema

Foto: Instagram @yasminbrunet/Divulgação / Boa Forma

A Yasmin Brunet, modelo e ex-participante do “Big Brother Brasil 2024”, participou de uma entrevista no programa “Encontro”, da TV Globo, e desabafou sobre o diagnóstico de lipedema e compulsão alimentar.

“A compulsão nunca vem sozinha. Então, é depressão, é ansiedade… eu trato desde os meus 13 anos de idade. Imaginei que, quando entrasse na casa, minha compulsão iria aparecer porque é muito estresse e ansiedade. Compulsão é uma coisa que você come, come, come, e nunca está saciada, se sente vazia. O vazio não é sobre a comida, mas a gente pode na comida, porque é uma coisa palpável, fácil de lidar”, afirmou.

De acordo com ela, durante seu período de confinamento, o transtorno se manifestou de forma intensa, o que pode ocorrer especialmente devido ao estresse e à pressão constante.

“Era o único momento em que eu não pensava, só que você nem percebe que está comendo. Então, eu comia uma lata de goiabada, rabada, uma mistura muito louca… e me sentia vazia ainda. Quando você tem compulsão, você não escolhe, é o que tem”, disse.

A filha de Luiza Brunet afirmou que descobriu ter lipedema pouco tempo antes de entrar no BBB24. “Lá, ficou horrível. Eu sentia muita dor, desconforto e pressão. Minha perna ficou gigante. Quando saí, encontrei um médico incrível que está me ajudando muito”.

O que é a compulsão alimentar?

“A compulsão alimentar é uma doença mental caracterizada pela ingestão exagerada de alimentos em um curto  período, geralmente, acompanhada por uma sensação de perda de controle. Durante esses episódios, a pessoa come em excesso, mesmo quando não está fisicamente com fome”, explica Camila Vasconcelos, nutricionista pela Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP).

É um transtorno que pode desencadear ganho de peso, sentimentos de culpa, vergonha, ansiedade, problemas de autoestima e hábitos alimentares não saudáveis.

Emoções como estresse, raiva, tristeza, sentimento da vazio e tédio podem atuar como gatilhos para a condição. “A relação entre emoções e compulsão alimentar é complexa e multifacetada”, diz Carol Caldas, nutricionista.

O que é o lipedema?

O lipedema, por sua vez, é uma doença caracterizada pelo acúmulo de tecido gorduroso com aumento desproporcional no tamanho dos membros, principalmente em regiões como culotes, quadris, coxas e pernas.

“Frequentemente, a paciente com lipedema passa a vida como uma ‘falsa magra’, isto é, magra da cintura para cima, mas com pernas grossas. Muitas vezes, acredita que esse é o padrão de corpo familiar, já que o lipedema realmente pode afetar várias mulheres da família, então não pensa que pode ser um problema. E, como até pouco tempo o lipedema não era considerado uma doença, a literatura científica sobre seus mecanismos ainda é muita escassa. Dessa forma, a própria comunidade médica ainda está tomando consciência sobre a doença e se capacitando para o tratamento”, aponta a Dra. Aline Lamaita, cirurgiã vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.

Entre os sinais que ajudam a identificar o lipedema estão: gordura difícil de ser eliminada, dor ao toque, acúmulo de gordura desproporcional e presença de nódulos visíveis na pele.

“O lipedema é um problema que afeta essencialmente o público feminino. Estima-se que 10% das mulheres sofra com essa doença. Além disso, é uma doença genética e comumente atinge várias pessoas da mesma família”, fala Lamaita.

A cirurgiã-vascular ainda revela que há uma forte correlação entre alterações hormonais e a manifestação da doença e, por isso, é comum que ela piore em momentos como puberdade, uso de anticoncepcionais, gravidez e menopausa.