Há um ano, o Coritiba anunciou o acordo com a Treecorp Investimentos para a venda de 90% da SAF coxa-branca. Na época, o clube publicou um vídeo nas redes sociais, apontando o negócio como o “novo passo na revolução”. Hoje, a SAF é motivo de protestos dos torcedores.
+ Confira a tabela completa do Coritiba na Série B
O início do trabalho, porém, só aconteceu em junho, com a homologação pela Justiça. De lá para cá, o Coxa reformulou o elenco, realizou trocas no comando técnico e acumula crises em campo: rebaixamento em 2023;eliminações na Copa do Brasil e no Campeonato Paranaense, em 2024; além de um começo ruim na Série B, que culminou na queda de Guto Ferreira.
O UmDois Esportes relembra os momentos da SAF até aqui.
SAF do Coritiba prometeu “novo passo na revolução”
A SAF do Coritiba chegou com a promessa de revolução na trajetória coxa-branca, prometendo novos investimentos, novas parcerias e sucesso dentro de campo (veja o vídeo abaixo).
A primeira medida foi afastar os atacantes William Pottker e Matheus Cadorini, o volante Juan Diaz, o zagueiro Jhon Chancellor e o goleiro Sidnei em uma reformulação do elenco coxa-branca.
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Pouco mais de um mês após a homologação da SAF, o técnico Antônio Carlos Zago foi demitido pela diretoria coxa-branca. Zago deu uma entrevista explosiva após a derrota por 5 a 1 contra o Grêmio.
Na ocasião, o treinador criticou os comandados:
“Se não chegarem reforços para qualificar o elenco, vai para a Série B rapidinho”.
Com a queda de Zago, o treinador Thiago Kosloski assumiu o Coritiba interinamente.
“Último Brasileirão que o Coritiba vai jogar para não cair”, disse CEO
Em setembro, quando a SAF completou 100 dias, a situação do Alviverde ficava ainda mais difícil. Na zona de rebaixamento desde a primeira rodada do Brasileirão, o Coxa via a queda ficar ainda mais próxima.
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Na época, o CEO do clube, Carlos Amodeo, afirmou que aquele seria o último ano que o clube lutaria contra o rebaixamento.
Carlos Amodeo, CEO do Coritiba
“Este será o último Campeonato Brasileiro que o Coritiba vai jogar para não cair para a Série B ou para se manter na Série A.
“Se a gente tiver que dar um passo para trás e trabalhar no ano que vem pela retomada na Série A, nós vamos trabalhar isso de forma consistente para transformar esse clube num clube sólido, forte e competitivo”, afirmou em entrevista ao ge.com.
Três meses depois, o Coxa foi rebaixado pela sétima vez na história. O técnico Thiago Kosloski foi demitido e, no fim da temporada, o executivo de futebol Artur Moraes saiu do clube.
“Em 2024 nossa margem de erro é nula”, disse CEO
Depois do rebaixamento, o clube trouxe novamente Guto Ferreira para o comando técnico. Em coletiva de imprensa, Amodeo afirmou que, na temporada seguinte, o clube não poderia errar.
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Carlos Amodeo, CEO do Coritiba
“Em 2024 a nossa margem de erro é absolutamente nula. Não temos outro resultado no final de 2024 que não seja o retorno à elite do futebol brasileiro”.
A chegada de Guto, segundo o dirigente, se deu por conta da experiência do treinador na Série B. Três rodadas depois do início da Segunda Divisão, ele foi demitido. No comando por 19 jogos, o treinador acumulou eliminações na Copa do Brasil, para o Águia de Marabá, e no Estadual, para o Maringá.
Em 2024, SAF vive tensão com torcida coxa-branca
Se dentro de campo, o Coritiba não correspondeu desde a chegada da SAF. Fora de campo, o clube vive um momento de tensão com o torcedor coxa-branca.
O mais recente episódio foi a faixa de protesto levada por torcedores ao Couto Pereira, no jogo contra o Sport, que foi retirada com violência pelos seguranças. A atitude foi reprovada pelos torcedores e a SAF se manifestou.
Antes, o Coxa também foi criticado por mudar a nomenclatura nas redes sociais para “Coritiba SAF”. A medida foi abandonada após as reclamações dos torcedores.
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Além disso, no último mês, a contratação de uma torcedora do Internacional para um quadro do Alviverde chamado “Na torcida” irritou os coxa-brancas, que criticarama falta de representatividade dos torcedores na ação
Coritiba tem reformulação no departamento de futebol
Acertado com Paulo Autuori para diretor técnico, o Coxa passa por uma reformulação comandada pela SAF. A chegada do diretor, que fez boa parte da carreira no rival Athletico, é um sonho antigo coxa-branca.
No clube alviverde, o gestor reencontrará o atual executivo de futebol do Coxa, William Thomas. Os dois trabalharam juntos em diferentes momentos, no Athletico, Internacional e Santos.
Além da chegada de Autuori, a equipe também teve a chegada de Marcos Menezes, que ocupava a chefia do departamento de análise de mercado do Cruzeiro. Outra contratação foi a do coordenador de analytics Felipe Tricate.
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