A derrota do Athletico para o Sportivo Ameliano por 1 a 0, pela Sul-Americana, foi mais um vexame da equipe na temporada.
Sob o comando de Cuca, que começou tendo números expressivos e alcançando seu melhor início de trabalho da carreira, a equipe caiu drasticamente de desempenho – a exceção foi a vitória sobre o Palmeiras, pelo Brasileirão.
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Em pleno ano do centenário, o primeiro vexame veio diante do Ypiranga. Depois de estar vencendo por 1 a 0, a equipe repetiu o fantasma de Erechim e sofreu dois gols nos acréscimos pela Copa do Brasil. O Furacão ainda pode se redimir com a partida de volta na Ligga Arena, com data a definir.
A segunda decepção do Rubro-Negro na temporada foi a derrota para o Danubio por 2 a 1, pela quinta rodada da Sul-Americana. O resultado quebrou uma invencibilidade do time que durava 10 meses como mandante. Vaias já foram ouvidas naquele jogo.
“Perder em casa para o Ameliano não é normal”, admite técnico do Athletico
Mas derrota para o Ameliano por 1 a 0, nesta quinta-feira (30), completou a trinca de vexames nos últimos jogos. O revés, talvez, tenha sido o pior dos três – e um dos piores da história recente do clube. Isso porque a equipe paraguaia é tecnicamente bem inferior ao Furacão e só chegou à primeira divisão local em 2022.
Nem mesmo o intervalo de 10 dias sem jogos, com treinamentos no CT do Caju, foi suficiente para o Athletico evoluir em desempenho. O que aconteceu contra os uruguaios, se repetiu contra os paraguaios. Ambos times entraram com posturas bem defensivas, e o Furacão não soube furar o bloqueio.
“Perder em casa para o Ameliano não é uma coisa normal. Não adianta dizer que chutamos 50 vezes no gol. Vamos administrar este mal momento. Às vezes, você tem que provar que é bom nas derrotas. A gente não pode achar culpados. É hora de se fechar como grupo”, declarou Cuca sobre o resultado.
“É difícil vir aqui e explicar uma derrota. O torcedor sai muito frustrado não pelo desempenho, mas pela derrota. Oportunidades muito claras. Meia dúzia de gols na pequena área que geralmente não se perdem. Cria-se uma instabilidade muito grande”, acrescentou o treinador.
Athletico sai vaiado e com gritos de cobrança das arquibancadas
Se a expectativa da torcida era de uma goleada antes de a bola rolar, ao final da partida o sentimento foi de frustação e vergonha. Com um primeiro tempo de dificuldades, mesmo criando mais, o Athletico já foi aos vestiários com vaias.
Na etapa final, com o placar contrário, o amontoado de jogadores no ataque, quase nenhuma jogada trabalhada e só bolas levantadas na área, os torcedores aumentaram as cobranças, com gritos de “raça” e “ô, ô, ô, dinheiro é o c*, queremos jogador”.
Os protestos também se estenderam aos atletas. Pablo, Alex Santana e Zapelli, por exemplo, saíram vaiados quando foram substituídos. Ao fim da partida, gritos de “vergonha” e vários xingamentos deram o tom das arquibancadas. O goleiro Léo Linck, irritado com a arbitragem, ainda precisou ser contido pelos companheiros.
Jogadores comentam derrota, mas confiam em reação no Athletico
O volante Erick e o zagueiro Kaique Rocha lamentaram a derrota para o Sportivo Ameliano, mas confiam na melhora de desempenho. O camisa 26, que saiu reclamando bastante ao ser substituído, disse que foi uma reação normal e projetou os próximos jogos.
“Eu nunca entrei em polêmica, nunca desrespeitei treinador, nem comissão técnica, muito menos os meus companheiros, era só vontade de estar em campo. Hoje tentamos executar o que foi treinado, mas faltou capricho. Podíamos ter nos classificado em primeiro, mas o futebol tem dessas. Temos que ter resiliência e focar no Fortaleza para fazermos uma excelente partida”, afirmou.
“Infelizmente, falhamos em dois jogos. Tivemos outro erro [hoje]. Ninguém quer errar. Mas esperamos que daqui para frente não aconteçam mais estes erros, que infelizmente custaram duas vitórias. A torcida tem que confiar sim [na equipe]. Foram dois resultados difíceis dentro de casa, derrotas que não esperávamos”, disse Kaique Rocha em coletiva.
O Athletico agora volta a campo contra o Fortaleza no domingo (2), às 18h30, no Estádio Presidente Vargas, no Ceará, pela sétima rodada do Brasileirão. O adversário do playoff da Sul-Americana será o Cerro Porteño, do Paraguai. Os jogos estão marcados para as semanas dos dias 17 e 24 de julho. O jogo de ida acontece no Paraguai e a volta em Curitiba.