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a passagem de Amodeo no Coritiba

O primeiro CEO do Coritiba na era SAF, Carlos Amodeo, deixou o clube nesta terça-feira (2). O ex-dirigente comandou o primeiro ano da nova fase coxa-branca e não teve sucesso dentro de campo. Fora das quatro linhas, Amodeo viveu tensão com a torcida e entre a diretoria.

Em nota oficial, o clube afirmou que a saída foi “acordo entre as partes”. Na última semana, a divergência da diretoria em relação ao retorno de Alef Manga foi o estopim que revelou a crise interna no clube.

Amodeo chegou junto com a Treecorp ao Coxa, no início da era SAF. O ex-dirigente chegou com o objetivo de trazer “protagonismo” e comandar a “reconstrução do clube”, como afirmou em entrevistas.

+ Confira a tabela completa do Coritiba na Série B

“Buscamos uma verdadeira reconstrução desportiva e estrutural do clube, cujos resultados acontecerão progressivamente e de forma constante. Confio que existe um enorme potencial para que o Coxa retome o seu protagonismo no futebol brasileiro”, afirmou em sua primeira coletiva de imprensa como CEO, em junho de 2023.

No início de 2024, após o rebaixamento, Amodeo também prometeu protagonismo ao Coxa, inclusive, falando em termos financeiros.

“Posso assegurar que teremos um orçamento em 2024 que nos dará protagonismo na Série B. Porque temos a consciência da importância que é a gente retornar sem sobressaltos à Série A em 2025”, garantiu, na época.

Na prática, no entanto, as coisas não saíram como prometido. O UmDois Esportes relembra detalhes da passagem de Amodeo pelo Alviverde.

Coiritiba foi mal dentro de campo na gestão Amodeo

Montagens GERAIS (4)
Coritiba x Sport pela Copa do Brasil 2023

Um dos destaques negativos da passagem do antigo CEO foi o desempenho esportivo. Com Amodeo no comando, o Coritiba colecionou recordes ruins em 2023, que culminaram no sétimo rebaixamento da história alviverde.

Na temporada passada, o Coxa teve recorde de jogos sem vencer, uma sequência de 18 partidas sem vitória. A equipe também sofreu oito derrotas seguidas, a pior da história do clube.

Neste ano, as quedas precoces na Copa do Brasil, na primeira fase, e no Campeonato Paranaense, na semifinal, também marcaram a gestão. Já na Série B, a dificuldade para entrar no G4 e engrenar na competição aumentaram a pressão sobre o ex-dirigente.

Contratações polêmicas e trocas no comando

Jesé teve passagem ruim no Coxa
Jesé teve passagem ruim no Coxa

No mercado, o Coxa também não foi bem durante a gestão Amodeo. Ano passado, os destaques foram as contratações de Jesé Rodríguez, Samaris e Slimani, que tiveram um retorno pequeno em relação ao investimento.

Dos três, o que de fato jogou foi o atacante Slimani, mas após a queda para a Série B, o jogador não se reapresentou ao clube e teve seu contrato rescindido, seguindo para o futebol europeu.

Neste ano, a gestão Amodeo comprou o atacante David, pagando R$ 4 milhões por 50% dos direitos do atleta. No entanto, o jogador foi utilizado apenas dez vezes na temporada.

Outra contratação, que chegou com expectativa de protagonismo na temporada, foi a de Leandro Damião. O camisa 9, porém, não vem entregando o esperado e chegou a ficar no banco na última partida. No Coxa, são três gols e uma assistência em 15 jogos.

O Coxa também teve dificuldades no comando técnico. Desde que a SAF foi homologada, o time teve cinco treinadores, entre interinos e efetivos: Antônio Carlos Zago, Thiago Kosloski, Guto Ferreira, James Freitas e Fábio Matias.

A temporada atual começou com Guto, que já havia assumido em dezembro de 2023, após o rebaixamento. Após a queda no Paranaense e Copa do Brasil, o CEO manteve o treinador, mesmo com a pressão por resultados. Após três rodadas da Segundona, ele foi demitido.

Amodeo viveu tensão com torcida do Coritiba

Faixas de protestos da torcida do Coritiba
Faixas de protestos da torcida do Coritiba

Se dentro de campo, a situação do Coxa sob a gestão de Amodeo não estava boa. Fora dele, um clima de pressão começou a se criar neste ano, quando a torcida, insatisfeita com os resultados, começou a protestar na arquibancada.

Em resposta, Amodeo criticou a torcida e pediu um “ambiente positivo” entre torcedores, comissão técnica e diretoria. Segundo ele, sem isso, “a jornada de retorno à Série A seria muito mais difícil”. A fala repercutiu muito mal entre a torcida coxa-branca e o ex-CEO precisou se retratar.

Diante da situação, a torcida ficou ainda mais inflamada e os protestos e gritos contra a SAF e Amodeo viraram rotina nos jogos dentro do Couto Pereira.

CEO do Coritiba passou por crise interna

Na últimas semana, o caso Alef Manga foi o estopim que resultou no fim da trajetória de Amodeo no Coritiba. O ex-CEO havia se posicionado publicamente a favor da reintegração de Manga ao elenco em diversas vezes e falou sobre “dar uma segunda chance ao atleta”.

Por outro lado, depois que o advogado do atleta fez uma postagem denunciando que Thomas não gostaria de contar com Manga, Autuori se posicionou em nome do departamento de futebol. O vídeo foi divulgado sem o conhecimento de Amodeo.

Autuori citou “princípios e valores morais” para indicar que Manga não deveria retornar ao clube. O jogador está em reta final da punição por manipulação de resultados e poderá retornar ao futebol na segunda quinzena deste mês.

Com a divergência exposta, a Treecorp agiu e os representantes da empresa vieram à Curitiba para se reunir com o clube e decidir pela saída de Amodeo.

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