Uma plataforma de streaming para bancar e consumir conteúdo feito com inteligência artificial (IA). E um estúdio para criadores de conteúdo colaborarem com profissionais contadores de história para produzir vídeos com IA de terceiros. Essa é a proposta da DreamFlare AI, startup lançada nesta semana pelo ex-funcionário do Google Josh Liss em parceria com o documentarista Rob Bralver.
- A DreamFlare AI, co-fundada por Josh Liss (ex-Google) e Rob Bralver (documentarista), é uma startup com dois propósitos. Primeiro, servir de estúdio para colaboração entre criadores de conteúdo e storytellers profissionais na produção de vídeos com IA. Segundo, funcionar como plataforma de streaming (e apoio financeiro) para conteúdo produzido com IA;
- A plataforma oferece dois formatos principais de conteúdo: “Flips”, que são histórias em estilo de quadrinhos com imagens geradas por IA, e “Spins”, que são curtas-metragens interativos que permitem aos espectadores alterar os finais das histórias. Esses conteúdos exploram personagens de domínio público para garantir a liberdade criativa aos artistas envolvidos sem infringir direitos autorais;
- A startup enfatiza a legalidade e ética no uso das ferramentas de IA, adotando normas legais para evitar violações de direitos autorais e um processo rigoroso de revisão de conteúdo, com mecanismos de remoção baseados na legislação estadunidense sobre direitos autorais;
- Até o momento, a DreamFlare atraiu interesse de investidores e firmou parcerias com executivos de grandes empresas de entretenimento, como Disney, Netflix e Universal Studios.
Os vídeos feitos com IA serão disponibilizados num serviço de assinatura, no qual usuários também poderão enviar apoio financeiro aos envolvidos nas produções. É como se fosse uma mistura de Netflix com Patreon, por exemplo.
Ou seja, não se trata de mais uma plataforma com IA generativa capaz de transformar isso naquilo. Mas sim um espaço para publicar conteúdo criado por meio de ferramentas deste tipo – por exemplo: o Midjourney. E receber uns trocados por esse trabalho.
DreamFlare AI: as ideias por trás do streaming de IA
A plataforma vai oferecer dois tipos de conteúdo:
- Flips: histórias em estilo de quadrinhos com clipes curtos e imagens geradas por IA;
- Spins: curtas-metragens interativos que permitem aos espectadores alterar os desfechos da trama.
Os criadores que se associam à DreamFlare colaboram com uma equipe de storytellers profissionais no desenvolvimento de narrativas, algumas das quais são baseadas em personagens de domínio público como Chapeuzinho Vermelho e Peter Pan. Isso permite os explorar a liberdade criativa sem infringir direitos autorais.
Apesar das críticas à criação de conteúdo por meio de IA por parte do público, a DreamFlare afirma buscar uma nova oportunidade para criadores. Segundo a startup, ela faz isso sem substituir empregos existentes, mas expandindo caminhos para gerar receita.
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A DreamFlare se compromete com a legalidade e ética no uso de tecnologias de IA, permitindo que os criadores usem apenas ferramentas que seguem normas legais claras, como a não violação de direitos autorais.
Além disso, a plataforma possui um processo rigoroso de revisão para garantir que o conteúdo atenda a esses critérios, incluindo um mecanismo de remoção baseado no DMCA (lei estadunidense sobre direitos autorais).
Até o momento, a startup atraiu o interesse de investidores como a FoundersX Ventures e formou parcerias com executivos de grandes empresas de entretenimento, como Disney, Netflix e Universal Studios. A ver onde isso vai dar.