Nesta quarta-feira (10), Elon Musk, dono da Neuralink (entre outras empresas), afirmou que espera implantar um segundo chip cerebral em um humano na “próxima semana, ou algo assim”.
Ainda, os executivos da empresa afirmaram que a companhia trabalha em mudanças para resolver os problemas enfrentados com o primeiro chip e seu paciente, indicou a CNBC.
Neuralink e seu sistema de chip cerebral
- A tecnologia que a Neuralink está trabalhando é uma interface cérebro-computador (BCI, na sigla em inglês);
- Ela visa ajudar pessoas que sofrem com paralisia;
- O sistema Telepathy possui 64 fios, inseridos diretamente no cérebro;
- Esses fios são mais finos que os fios de nossos cabelos e registram sinais neurais via 1.024 eletrodos;
- Os BCIs estão há muitos anos sob estudo, com várias empresas trabalhando em suas próprias tecnologias com esse sistema, como Synchron, Paradromics e Precision Neuroscience;
- Todavia, até o momento, nenhuma delas recebeu aval da FDA para liberar seus dispositivos para comercialização.
A CNBC não encontrou ninguém da Neuralink para comentar a declaração de Musk.
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Na primeira implantação, realizada em Nolan Arbaugh, 29 anos, em dado momento, alguns fios do chip se retraíram e se desconectaram do cérebro do paciente. Hoje, cerca de 15% deles seguem conectados.
Ainda assim, Arbaugh consegue usar seu implante para assistir a vídeos, ler e jogar xadrez e outros jogos. O paciente consegue utilizar o sistema por até 70 horas semanais.
Para os futuros chips, a Neuralink promete mitigar a retração dos fios e medi-la mais de perto. DJ Seo, presidente da empresa, afirmou que uma forma de conseguir isso é esculpindo a superfície do crânio para minimizar o vão existente sob o implante.
Além disso, a empresa de Elon Musk que inserir alguns fios mais profundamente no tecido cerebral e rastrear quando o movimento dos fios ocorre. O Dr. Matthew MacDougall, chefe de neurocirurgia da Neuralink, informou que fará a inserção de fios “em uma variedade de profundidades” por conta da hipótese de retração.
À CNBC, a FDA disse que “continuará monitorando a segurança dos inscritos no estudo do dispositivo de implante da Neuralink por meio de relatórios regulares obrigatórios”.