Uma equipe de cientistas da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, e da Universidade COMSATS, no Paquistão, fez uma descoberta que pode ser uma alternativa não invasiva, barata e mais segura para o tratamento da calvície. Segundo os pesquisadores, o composto orgânico desoxirribose, um açúcar natural produzido no corpo humano, pode ajudar na cicatrização de feridas e estimular o crescimento de novos cabelos.
Descoberta aconteceu de forma acidental
- Durante estudos, pesquisadores perceberam que o cabelo ao redor de manchas de feridas estava apresentando crescimento acelerado, em comparação com áreas não tratadas.
- Para testar a teoria, a equipe recriou as condições de perda de cabelo impulsionada pela testosterona em camundongos.
- Os animais foram divididos em grupos: um deles recebeu tratamento com di-hidrotestosterona (DHT), outro com minoxidil (principal medicamento contra a queda de cabelos), e outro com um composto de desoxirribose.
- Segundo a equipe, os resultados sugerem que o tratamento contra a calvície pode estar no uso do açúcar natural para aumentar o suprimento de sangue nos folículos capilares, incentivando o crescimento do cabelo.
- O estudo foi publicado na revista Frontiers in Pharmacology.
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Resultados foram até 90% mais eficazes no tratamento contra a calvície
Durante o experimento, os camundongos receberam os diferentes tratamentos por 20 dias. Depois disso, foram analisados o comprimento, diâmetro, densidade e largura do folículo. Os pesquisadores ainda se debruçaram sobre o crescimento do cabelo, cobertura de melanina dos bulbos capilares e o crescimento nos vasos sanguíneos.
Os animais que receberam o composto de desoxirribose apresentaram resultados superiores ao do grupo tratado com minoxidil. Segundo a equipe de cientistas, o uso do açúcar natural foi de 80% a 90% mais eficaz, sugerindo que o composto pode ser uma alternativa acessível e segura.
Os cientistas acreditam que a desoxirribose regula o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), que estimula o crescimento de novos cabelos. Novos estudos agora serão realizados para entender se o mesmo mecanismo funciona com a perda de cabelo induzida por quimioterapia.