A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que o número de domicílios brasileiros com sinal de televisão e com assinatura de serviços por TV fechada tem caído nos últimos anos. Por outro lado, os serviços de streaming têm aumentado e já estão em quatro de cada dez lares com televisão no país.

Mudança nos hábitos dos brasileiros está em andamento

  • Segundo a pesquisa, em 2023, 4,5 milhões dos 78,3 milhões de domicílios brasileiros não tinham televisão, número que representa 5,7% do total.
  • Em 2016, o percentual era de 2,8% e em 2022, 5,1% (ou 3,8 milhões de famílias).
  • De acordo com o IBGE, o resultado indica que está em andamento uma mudança nos hábitos dos brasileiros.
  • Ao mesmo tempo, a TV por assinatura vem perdendo espaço.
  • Em 2016, um em cada três (33,9%) lares possuíam o serviço.
  • Já em 2022, eram 27,7% e, no ano passado, o percentual caiu para 25,2% (18,6 milhões de endereços).
Streaming
Streaming está conquistando espaço que anteriormente era da TV fechada (Imagem: Dean Drobot/Shutterstock)

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Streaming está tomando espaço da TV fechada

Por outro lado, a presença dos serviços de streaming nos lares brasileiros tem aumentado. Ela passou de 31,061 milhões, em 2022, para 31,107 milhões, em 2024.

De acordo com o IBGE, a presença do streaming é um dos fatores que explicam a televisão aberta e fechada perder espaço nas casas brasileiras. Por meio do serviço, o assinante tem acesso a uma oferta de filmes, séries, desenhos infantis e eventos esportivos, por exemplo.

Comcast plano Netflix, Apple TV e Peacock
Usuários contam com um número cada vez maior de opções de streaming (Imagem: shutterstock/Tada Images)

Em 2022, 4,7% das residências que tinham streaming não tinham acesso a televisão aberta ou a serviço de TV por assinatura. No ano seguinte, esse indicador subiu para 6,1%. A pesquisa ainda revela que o rendimento médio mensal real per capita das famílias com streaming era de R$ 2.731, mais que o dobro daquelas que não tinham acesso ao serviço (R$ 1.245).

Os dados também indicam uma desigualdade regional. Enquanto no Sul (49%), Centro-Oeste (48,2%) e Sudeste (47,6%) praticamente metade dos domicílios têm canais de streaming pagos, no Norte e no Nordeste as proporções são 37,5% e 28,2%, respectivamente.



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