O YouTube anunciou que vai oferecer um assistente com inteligência artificial (IA) para ajudar pessoas que tiveram seus canais na plataforma hackeados. O assistente, que fica na Central de Ajuda do YouTube, faz perguntas para orientar os usuários.
A princípio, o assistente de IA está disponível apenas em inglês. E o acesso a “certas funcionalidades de solução de problemas” é limitado a um grupo seleto de “alguns criadores [de conteúdo]”. Mas o Google informou, em sua página de suporte, que planeja disponibilizar a ferramenta para todos os creators eventualmente.
Assistente de IA do YouTube realmente ajuda quem teve canal hackeado?
O site de tecnologia The Verge testou o assistente de IA anunciado pelo YouTube. E “os resultados parecem… adequados”, publicou o portal. “É um chatbot de suporte bastante padrão sem nenhuma estranheza de IA gerativa detectada até agora, e algumas medidas de segurança parecem estar em vigor.”
No entanto, o texto publicado no site acrescenta um contraponto a essa novidade do YouTube. “Isso não resolve uma das principais reclamações que os criadores têm expressado: que o YouTube é praticamente impossível de contatar quando surgem problemas.”
Segundo o site, falar diretamente com um representante do YouTube geralmente é limitado apenas aos maiores criadores de conteúdo que participam do programa de parceiros da plataforma.
Na prática, isso deixa “contas menores para resolver suas próprias situações por meio de páginas de ajuda ou respostas aparentemente automatizadas do suporte do YouTube”.
Por fim, o site aponta o seguinte: “Adicionar um chatbot alimentado por IA à mistura [de páginas de ajuda e respostas automatizadas] pode desagradar qualquer criador [de conteúdo] que esperasse que o YouTube melhorasse sua comunicação [humana, no caso] com seus usuários.”
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Em outra frente, um grupo de 32 pesquisadores publicou um artigo no qual alertam que bots de inteligência artificial podem invadir a internet se os métodos para distinguir humanos de robôs não forem aprimorados.
No texto, eles defendem um sistema de “credenciais de personalidade”, no qual as pessoas provariam off-line que existem fisicamente. Ao fazerem isso, receberiam credenciais criptografadas para atividades on-line, que preservariam seu anonimato.