Entender como uma doença neurodegenerativa avança ao longo do tempo ajuda tanto os pacientes quanto seus cuidadores a lidarem melhor com a condição. Uma nova pesquisa identificou quatro fatores que podem ajudar a prever o comportamento do Alzheimer ao longo do tempo e auxiliar as pessoas diagnosticadas a terem uma melhor qualidade de vida.
Os cientistas acompanharam 500 pacientes com Alzheimer por dois anos e descobriram que os resultados da investigação foram publicados na PLOS ONE.
Os 4 prenunciadores do declínio cognitivo
- Durante o acompanhamento dos voluntários, os cientistas registraram dados demográficos, de saúde e funcionais dos pacientes.
- Uma avaliação posterior mostrou que ser mais velho, ser mulher, ter dificuldade com atividades diárias e ter histórico de fibrilação atrial são prenunciadores dos maiores declínios cognitivos.
- No último trimestre dos dois anos de avaliação, os quatro fatores foram responsáveis por 14% das mudanças no funcionamento cognitivo dos pacientes.
- A pesquisa concluiu que idade, sexo, ritmos cardíacos irregulares e níveis de atividade diária são dados confiáveis para entender o progresso da condição.
- Em conjunto com a avaliação dos sintomas e outros fatores, eles podem ajudar a prever como a doença vai se comportar ao longo do tempo e identificar o quão grave ela poderá ser.
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Cuidar de quem cuida
Do mesmo modo que os quatro fatores possuem peso no avanço do declínio cognitivo dos pacientes com Alzheimer, também afetam as pessoas que cuidam deles. Essa observação foi destacada pelos pesquisadores como um alerta. Ao longo da degeneração das habilidades da pessoa afetada, os cuidadores tendem a passar por mais pressões e precisam de atenção médica também.
Essas descobertas ressaltam a importância de uma abordagem de tratamento abrangente, considerando variáveis do paciente e do cuidador, no diagnóstico e tratamento da doença de Alzheimer em estágio inicial.
Trecho do estudo
Mesmo sem considerar fatores como fumar e beber, as evidências mostram que informações sobre idade, histórico médico e atividades diárias podem ajudar a prever o avanço do Alzheimer. O plano agora é continuar desenvolvendo formas de apoiar a descoberta.