A American Solar Challenge, uma competição de carros solares realizada nos Estados Unidos, se tornou um importante celeiro de talentos para a indústria automotiva, atraindo recrutadores de grandes empresas de veículos elétricos, como Tesla e AESC.
Fundada em 1990 pela General Motors para pesquisa e desenvolvimento, a American Solar Challenge evoluiu para um ponto de recrutamento crucial para empresas do ecossistema de veículos elétricos. Eventos de corrida como este têm desempenhado um papel fundamental na formação de engenheiros e no desenvolvimento de novas tecnologias automotivas, incluindo veículos elétricos e direção autônoma.
A competição, que ocorre a cada dois anos durante o verão, reúne estudantes universitários que projetam e constroem carros futuristas movidos a energia solar. Esses veículos, que muitas vezes custam mais de 150 mil dólares, são desenhados para maximizar a eficiência energética. A corrida deste ano aconteceu entre Nashville, no estado de Tennessee, e Casper, em Wyoming.
Corrida é uma oportunidade de recrutamento para gigantes dos carros elétricos
Empresas como Tesla e AESC, fabricante de baterias para BMW, Mercedes-Benz e Nissan, estão de olho nos estudantes que participam da competição. Eles observam de perto como os alunos lidam com os desafios técnicos, desde a construção dos carros até a resolução de problemas em tempo real durante a corrida.
JB Straubel, CEO da Redwood Materials e membro do conselho da Tesla, destacou ao Wall Street Journal que a corrida “é uma ótima área de recrutamento para empresas interessadas em qualquer uma dessas tecnologias. Isso se tornou um campo muito crítico até mesmo para encontrar talentos”. Straubel competiu na American Solar Challenge durante seus tempos de estudante na Universidade de Stanford.
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Desafios e superação
- Os estudantes envolvidos na competição dedicam horas exaustivas para construir os carros solares do zero.
- Muitos abrem mão de alugar apartamentos para dormir nas oficinas ou viram noites lixando estruturas, drenando fluido de freio ou assando fibra de carbono em fornos industriais.
- Porém, o evento não se resume apenas à engenharia.
- Os participantes também precisam lidar com aspectos de negócios, gestão de projetos e marketing.
- A competição exige que as equipes escrevam seus próprios planos, construam veículos experimentais e os submetam a rigorosos testes de segurança, incluindo inspeções de freios e baterias, para garantir que estejam aptos a rodar nas estradas.
- Empresas como a Tesla e a AESC oferecem incentivos para atrair esses talentos emergentes.