Cientistas da Edith Cowan University (ECU), na Austrália, encontraram uma ligação entre o Alzheimer e a doença arterial coronária (DAC) em um novo estudo. As investigações confirmaram o que a ciência já suspeitava: ambas as doenças compartilham genes que podem revelar mais detalhes sobre os mecanismos por trás delas.
Os resultados da análise foram publicados na revista International Journal of Molecular Sciences.
Alzheimer e doença arterial coronariana possuem relação genética
- Uma equipe de pesquisadores analisou um grande conjunto de dados genéticos em busca de uma conexão entre o Alzheimer e a DAC.
- Já existem muitas evidências mostrando essa ligação, mas os mecanismos do Alzheimer ainda são pouco compreendidos, especialmente em relação ao papel das gorduras no sangue e às características da DAC.
- Independentemente disso, a equipe descobriu que ambas as doenças podem compartilhar uma causa mais profunda e confirmou essa relação.
- Eles identificaram alguns genes específicos que desempenham papéis tanto no Alzheimer quanto em problemas cardíacos, como angina e infarto, além de contribuir para o aumento de gorduras no sangue.
- Ainda não está totalmente claro o papel desses genes, mas a descoberta abre caminhos para entender melhor a ligação entre a saúde do cérebro e a do coração.
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Descoberta abre caminho para entender as doenças
Os dados encontrados no estudo não indicam necessariamente que os fatores genéticos que causam Alzheimer também provocam doenças cardíacas, ou vice-versa. No entanto, revelam que esses genes podem aumentar o risco de ambas as condições por motivos ainda desconhecidos.
Descobrir a conexão entre as doenças abriu um caminho de possibilidades para novas investigações focadas em compreender as causas que influenciam o progresso das patologias. Ao descobrir o papel desses genes, talvez seja possível buscar novos tratamentos e até métodos de prevenção para ambas as condições. A expectativa da autora, Artika Kirby, é ajudar o maior número possível de pessoas no futuro.
Estou otimista que nossas descobertas abram novos caminhos de pesquisa que têm o potencial de melhorar a vida de milhões de pessoas no mundo todo
Artika Kirby ao portal da ECU.