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Brasil testa ferramenta para mapear e impedir avanço de epidemias

O avanço da ciência pode impedir a proliferação de doenças. É exatamente este o caso de uma nova ferramenta desenvolvida por pesquisadores do Instituto Pasteur de São Paulo (IPSP) que permite mapear surtos e auxiliar no combate de doenças infecciosas.

Ferramenta pode ser usada pelas autoridades

  • A ferramenta foi desenvolvida com base em dados disponíveis sobre uma epidemia de sarampo em Manaus.
  • O modelo mostrou que a compreensão da propagação espacial e temporal dos surtos da doença pode fornecer informações importantes para a tomada de decisões, podendo, inclusive, mitigar futuras epidemias.
  • Segundo os pesquisadores, ela é aberta e ficará totalmente disponível para as autoridades.
  • O objetivo é ajudar os gestores de políticas públicas a tomarem medidas que impeçam o avanço da transmissão de determinada doença.
Tecnologia pode ser usada para identificar avanço na transmissão de vírus em uma comunidade, por exemplo (Imagem: Peeradach R/ Shutterstock)

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Mapa visual facilita a identificação de epidemias

A pesquisa que levou ao desenvolvimento da ferramenta surgiu de uma verba da Bill & Melinda Gates Foundation para estudar a transmissão de malária. Os cientistas afirmam que perceberam que essas ferramentas epidemiológicas facilitavam a visualização de uma epidemia acontecendo, facilitando a tomada de ações por gestores públicos.

Quando do surto de sarampo em Manaus, no ano de 2018, os pesquisadores decidiram testar a ferramenta, mesmo que ela ainda não estivesse totalmente finalizada. Os resultados foram promissores.

sarampo
Primeiro teste da ferramenta aconteceu durante surto de sarampo (Imagem: Romolo Tavani/Shutterstock)

Quando uma pessoa está com sintomas, está acontecendo um surto, existe uma notificação que os profissionais de saúde têm que mandar, que diz não só os sintomas e os resultados de exames, ou os resultados de exames de diagnóstico clínico, mas também diz onde que ela mora, por exemplo.

Helder Nakaya, coordenador o estudo

Pelo cadastramento dos CEPs é possível criar uma base de dados espacial e visual. A partir destas informações pode-se visualizar o avanço de epidemias. Isso também é fundamental para priorizar campanhas de vacinação em determinado local.