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Anatel recebe apoio da Cloudflare e determina novo bloqueio ao X

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) enviou notificações para 20 mil operadoras e provedores de internet nesta quarta-feira (18), ordenando novamente o bloqueio da rede social X (antigo Twitter), após a plataforma ter retomado suas operações no Brasil.

A informação é da coluna de Andreza Matais no UOL. A agência contou com o apoio da empresa americana Cloudflare, que era utilizada pelo X para driblar a ordem judicial do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que havia determinado o bloqueio do aplicativo.

cloudflare
Anatel consegue apoio da Cloudflare para retomar o bloqueio do X. (Imagem: T. Schneider / Shutterstock.com)

Com o suporte da Cloudflare, a Anatel conseguiu isolar o tráfego do X sem impactar outros serviços que utilizam a mesma rede, como o próprio STF e bancos privados, evitando assim uma interrupção mais ampla de serviços.

O bloqueio foi necessário após a rede social alterar sua configuração de tráfego apenas no Brasil, em uma tentativa de burlar a decisão do STF. A Anatel informou à colunista do UOL que espera que o bloqueio seja implementado pelas operadoras até o início da manhã de quinta-feira.

Leia mais:

O bloqueio do X no Brasil

  • A primeira ordem de bloqueio ao X ocorreu em 30 de agosto, como parte de uma decisão do ministro Alexandre de Moraes.
  • A rede social, que pertence a Elon Musk, não cumpriu a legislação brasileira após encerrar suas operações no país.
  • Musk alegou que seus funcionários estavam sendo ameaçados de prisão por não obedecerem a ordens judiciais que ele considerava abusivas.
  • O X também se recusou a remover perfis que promoviam ataques golpistas, incluindo mensagens que defendiam o fechamento do Supremo, a divulgação de dados pessoais de delegados e apoio à tentativa de golpe ocorrida em 8 de janeiro de 2023.
  • Além do bloqueio, Moraes ordenou o congelamento das contas da Starlink, outra empresa do grupo de Musk, devido à falta de pagamento de multas aplicadas ao X.
  • A decisão foi inédita, punindo uma empresa por dívida de outra pertencente ao mesmo conglomerado.
Rede social de Elon Musk continua bloqueada no Brasil. (Imagem: kovop/Shutterstock)