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Ter tido Covid-19 dobra chances de ataque cardíaco e derrame

Pesquisadores da Cleveland Clinic e da University of Southern California, ambas dos Estados Unidos, concluíram que pacientes que tiveram Covid-19 têm o dobro de chances de sofrer um ataque cardíaco ou derrame. O risco foi significativamente maior para quem teve que ser hospitalizado em função do coronavírus.

Tipo sanguíneo também influencia

  • Segundo os responsáveis pelo trabalho, os riscos foram observados até três anos após o diagnóstico de Covid-19.
  • Uma análise genética também revelou que indivíduos com tipo sanguíneo A, B ou AB têm duas vezes mais chances de sofrer um evento cardiovascular adverso após contraírem o SARS-CoV-2 do que aqueles com um tipo sanguíneo O.
  • Pesquisas anteriores já haviam apontado que pessoas com tipos sanguíneos A, B ou AB também eram mais suscetíveis a contrair o vírus.
  • Por outro lado, os pesquisadores descobriram que nenhuma das variantes genéticas conhecidas da Covid-19 foi impulsionadora de eventos cardiovasculares.
  • Os resultados foram descritos em estudo publicado na revista Arteriosclerose, Trombose e Biologia Vascular.
ataque cardíaco
Infecção pelo vírus aumenta chances de ataque cardíaco (Imagem: Theerani lerdsri/Shutterstock)

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Efeitos da Covid-19 a longo prazo ainda são pouco conhecidos

Durante a pesquisa, a equipe de pesquisadores usaram um banco de dados do Reino Unido com informações de mais de 10 mil pessoas que tiveram o diagnóstico de Covid-19 confirmado entre fevereiro e dezembro de 2020. Além disso, foram observados outros 217 mil pacientes que não foram infectados pelo vírus.

De acordo com os pesquisadores, essas descobertas revelam que, embora seja uma infecção do trato respiratório superior, a Covid-19 tem uma variedade de implicações para a saúde que ainda não são totalmente conhecidas pela ciência.

Pesquisadores defendem a realização de mais estudos sobre a Covid-19 (Imagem: Fusion Medical Animation/Unsplash

Eles ainda destacam que o risco associado ao vírus continua a representar um problema para a saúde pública, sendo necessária uma investigação mais aprofundada dos efeitos da infecção com o passar do tempo.

Por fim, os cientistas observam que o histórico de infecções de pacientes sempre precisa ser analisado e pode ajudar a formular planos e metas preventivas contra doenças cardiovasculares.