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Estudo encontrou uma forma diferente de descobrir se vai chover

A meteorologia já tem métodos avançados para realizar previsões do tempo, umidade e precipitações. Pesquisadores ingleses encontraram uma forma nova e precisa de descobrir se vai chover (ou nevar) com base em um elemento peculiar: flocos de neve artificiais.

Segundo eles, os cristais de gelo realizam diferentes tipos de “dança” e entendê-las pode ajudar a compreender os fenômenos atmosféricos.

Estudo criou flocos 3D artificiais que imitassem os da natureza (Imagem: Atmospheric Chemistry and Physics)

Flocos de neve caem em uma espécie de “dança”

Um estudo da Universidade de Reading, da Inglaterra, analisou a relação entre a dinâmica de flocos de neve de diferentes formatos e a possibilidade de chuva.

Para isso, a equipe criou flocos artificiais em 3D que imitam os encontrados na natureza e aplicou análises físicas para prever como e quando eles cairiam como precipitação. Em um tanque controlado, eles deixaram os cristais caírem através de um composto de água-glicerina que imitasse condições atmosféricas. A descida foi registrada e mapeada usando câmeras de alta velocidade.

Com o experimento, a equipe descobriu que, quando caem, os flocos de neve formam uma espécie de dança. Existem quatro tipos de dança:

  • Uma delas é a estável, quando os flocos caem em linha reta e na vertical, deixando um rastro para trás;
  • O segundo é em zigue-zague (uma espécie de movimento de um lado para o outro);
  • O terceiro é o transicional, quando os flocos caem em zigue-zague e giram ao mesmo tempo;
  • O quarto e último é em espiral, quando caem girando.
Pesquisadores categorizaram a dança realizada pelos flocos de neve quando caem (Imagem: Atmospheric Chemistry and Physics)

Como a queda pode ajudar a prever se vai chover

Os pesquisadores fizeram mais uma conclusão importante a partir da observação da queda do floco de neve: quanto mais excêntrica for a dança, mais chance ele tem de colidir com outro cristal. E quanto mais deles colidem, maior a massa que eles formam e maior chance de chover ou nevar.

A pesquisadora principal do estudo, Jennifer Stout, explicou:

Entender a dança de um floco de neve não é apenas bonito, mas pode nos ajudar a entender a refletividade das nuvens. Cada cristal de neve em uma nuvem age como um pequeno espelho, refletindo e refratando a luz que passa por ele. Ao prever a coreografia de uma nuvem inteira, poderíamos melhorar nossa compreensão da atmosfera e dos processos que levam à chuva e à neve.

Jennifer Stout

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Além de chuva e neve, a compreensão da dinâmica dos cristais também pode ajudar a entender o surgimento de fenômenos visuais, como os halos de gelo (um fenômeno ótico com formato de anel ou arco, formado por cristais de gelo em suspensão na atmosfera).

A técnica desenvolvida pela equipe promete ser precisa, podendo ajudar dados de satélite e meteorologistas a prever com mais precisão a probabilidade e intensidade de chuva.