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Após deixar Paraná Clube sem divisão nacional, gestão de Rubão dá adeus

Neste sábado (19), os sócios do Paraná decidem quem será o próximo presidente do clube, que comandará no triênio 2024-2027, e substituirá Rubens Ferreira Silva. Rubão, como é conhecido, não se candidatou às eleições deste fim de semana.

A única chapa que concorrerá será encabeçada pelo vice-presidente atual do clube, Ailton Barboza de Souza, que recentemente liderou o Tricolor no acesso da equipe à elite do futebol paranaense. Neste período em que Ailton Barboza esteve à frente do clube, Rubão estava afastado por problemas de saúde.

O UmDois Esportes faz um balanço da gestão de Rubens Ferreira Silva, o Rubão, com o foco nos resultados dentro de campo. Relembre abaixo!

Rubão assume o Paraná e ressalta: “Tenho que ser muito incompetente para deixar o Paraná pior”

Rubão.
Rubão.

Eleito presidente do Paraná em setembro de 2021, Rubão pegou um clube esfacelado. O dirigente assumiu o comando de forma antecipada. Na época, o Tricolor lutava contra o rebaixamento na Série C do Campeonato Brasileiro, o que acabou se concretizando.

Logo após a queda, em entrevista ao ge.globo, o mandatário paranista teve uma declaração que ficou marcada para os torcedores.

“Não gosto de fazer promessas, mas a gestão tem que ser muito incompetente e ruim para deixar o Paraná numa situação pior do que se encontra”

A situação do Paraná ficou bem pior

Foto: Arquivo
Foto: Arquivo

Mas, a situação ficou muito pior na temporada seguinte. Em 2022, o Paraná fechou uma parceria com a LA Sports, uma velha conhecida dos paranistas. Logo de cara, o clube amargou o rebaixamento no Campeonato Paranaense.

A partida fatídica que decretou o rebaixamento ocorreu contra o União, com uma derrota em plena Vila Capanema, e a invasão de torcedores ao gramado do estádio.

Pouco tempo após o rebaixamento, o Paraná foi eliminado de forma precoce da Copa do Brasil. Uma derrota por 2 a 0 para o Pouso Alegre, que mais tarde se tornaria um algoz também na Série D.

Na disputa quarta divisão nacional, o Tricolor terminou a primeira fase em segundo lugar no seu grupo e avançou para o mata-mata. A equipe passou no sufoco pelo FC Cascavel, mas acabou sendo eliminado novamente pelo Pouso Alegre.

Pela primeira vez na história, Paraná fica sem calendário nacional

Cenário bizarro marca pronunciamento de Rubão
Cenário bizarro marca pronunciamento de Rubão

Na temporada de 2023, o Paraná se limitou a disputar a Divisão de Acesso do Campeonato Paranaense. Pela primeira vez em sua história, o clube não teria competições nacionais pela frente.

Para a disputa, a diretoria teve um bom tempo para a montagem de um elenco para a disputa da Série Prata. Porém, o Tricolor não conseguiu nem se classificar para a segunda fase, sofrendo um gol do Patriotas no último minuto, que afastou as chances do clube voltar à elite estadual.

Durante este período de fracassos, a gestão de Rubens Ferreira, o Rubão, sumiu. Foram longos meses sem pronunciamento para a torcida.

Rubão se afasta e Paraná volta à elite do futebol estadual

Comemoração do acesso. Foto: Átila Alberti/UmDois Esportes.
Comemoração do acesso. Foto: Átila Alberti/UmDois Esportes.

Para a temporada de 2024, o Paraná voltava a disputar apenas a Divisão de Acesso do Campeonato Paranaense. Em fevereiro, Rubão comunicou que se afastaria do cargo de presidente por 60 dias por problemas de saúde.

O vice-presidente Ailton Barboza de Souza assumiu o clube. Em abril, o empresário Carlos Werner, dono do CT Ninho da Gralha, anunciou a sua volta ao Tricolor.

Fora de campo, Werner ajudou o Paraná com campanhas de marketing que viralizaram pelo Brasil e negociações para que o clube mandasse jogos nos estádios dos rivais.

No futebol, o clube tocou por conta própria, sem contar com empresas parceiras, como nos últimos anos. A aposta principal do Paraná foi no técnico Tcheco, que foi peça fundamental para a montagem do elenco.

Na disputa da Série Prata, o Paraná lotou os estádios, teve 100% de aproveitamento nos jogos como mandante, garantiu o acesso à elite do futebol paranaense e se tornou campeão da competição.

Ao final da disputa, o empresário Carlos Werner revelou que não pretende mais sair do Paraná e manifestou o seu apoio a Ailton Barboza de Souza.

Eu estou no Paraná e não saio mais. A situação política do passado nos atrapalhou e não vou deixar atrapalhar mais. Sou torcedor e não posso abandonar o clube que eu amo. O projeto foi feito por algumas mãos, mas eu não vou sair mais do Paraná e sempre vou dar apoio

“Eu acredito na união desse grupo gestor. Vamos ter muito sucesso para o próximo ano, na primeira divisão. Vamos tijolinho a tijolinho, construindo passo a passo. Hoje é um dia de muita emoção onde nós falamos muita besteira, mas eu acredito muito no sucesso do Paraná”, completou Werner na época.

Em agosto, seis meses após ter pedido afastamento do comando do Paraná, Rubão reassumiu a presidência. Ou seja, o contestado gestor esteve licenciado durante todo a disputa do Campeonato Paranaense da Segunda Divisão, que terminou com título paranista.

A reportagem procurou o presidente Rubens Ferreira Silva, o Rubão, mas não obteve retorno. Caso o mandatário paranista se manifeste, a matéria será atualizada.

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