Nos últimos anos, motoristas que buscam maneiras de escapar da fiscalização eletrônica e evitar multas têm adotado práticas ilegais para ocultar a identificação de seus veículos. Uma dessas práticas é o uso de dispositivos que escurecem as placas, dificultando a leitura por radares e outros sistemas de monitoramento.
Essa tecnologia, conhecida como “placa blecaute”, está disponível em sites estrangeiros e pode ser adquirida facilmente por motoristas no Brasil. Apesar de prometer vantagens, como a não aplicação de multas, seu uso é ilegal e pode trazer graves consequências para quem tenta utilizá-la.
Como funciona a placa blecaute?
A placa é composta por uma chapa transparente instalada sobre a placa do veículo. Ao ser acionado por um controle remoto, ele escurece a identificação do carro, dificultando a leitura por radares e câmeras de vigilância.
A alimentação do dispositivo pode ser feita via acendedor de cigarros ou diretamente na bateria do carro. A “placa blecaute” pode ser adquirida por aproximadamente US$ 179 (cerca de R$ 1.000) em sites estrangeiros, com entrega no Brasil.
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Consequências legais
- De acordo com o Detran-SP (via UOL), o uso desse tipo de equipamento é considerado uma infração gravíssima pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
- O motorista que for pego utilizando o dispositivo está sujeito a uma multa de R$ 293,47, além de receber sete pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
- Além da multa, o veículo pode ser retido até que a placa seja regularizada.
- O uso da “placa blecaute” também pode resultar em consequências mais graves, como prisão em flagrante.
- A adulteração de placas é vista como crime e pode levar a uma pena de até oito anos de prisão.
- As autoridades alertam ainda que essa prática pode ser associada a atividades criminosas, como o roubo de veículos e a fuga de operações policiais.