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Quanto e como o Governo do Paraná vai pagar pelo estádio

Ao tomar posse do Pinheirão, com decreto assinado, o Governo do Paraná avaliou a área do estádio em R$ 64,9 milhões. A informação foi divulgada por Guto Silva, secretário do planejamento, na manhã desta quinta-feira (24).

O Pinheirão estava no radar da administração estadual há alguns meses, como o UmDois Esportes destacou em matéria do mês passado.

“O valor inicial é de R$ 64,9 milhões. Naturalmente, o Estado toma posse do terreno e o proprietário pode recorrer à Justiça para questionar essas avaliações. Mas esse é o procedimento a partir do grupo de engenharia da PGE, que faz as avaliações de todas as áreas do Paraná”, declarou o secretário estadual.

Além disso, o governo do Paraná deve utilizar dinheiro obtido na venda da Copel. Com a privatização da companhia de energia, o Estado arrecadou R$ 3,1 bilhões.

“Esse primeiro recurso [de R$ 64,9 milhões] será utilizado o recurso da venda das ações da Copel. É uma fonte orçamentária designada para ações de empreendimentos que virem patrimônio para o Estado. Por isso utilizamos esse recurso”, completou Guto.

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Guto Silva. Foto: Geraldo Bubniak/AEN.

Processo pode virar imbróglio judicial e atrasar projeto no Pinheirão

O terreno de 124 mil metros quadrados foi arrematado em leilão, por R$ 57,5 milhões em 2012, pelo empresário João Destro. Desde então, a área teve valorização imobiliária mesmo com estádio abandonado há 17 anos.

Caso o empresário discorde do valor avaliado pelo governo estadual, ele deve entrar com uma ação na Justiça. Caso isso aconteça, o início das obras do projeto podem ter atraso.

“A desapropriação está feita, o decreto assinado. Agora é uma questão judicial que vai discutir valor e sai da alçada do governo do Estado. Se tudo correr bem, e esse é o nosso desejo, a gente consegue iniciar a obra no final de 2025 e início de 2026“, prevê Guto Silva.

O governo, em contato com empresas de eventos do mercado, ainda está na modelagem financeira do projeto e espera definir o modelo efetivo do espaço, como por exemplo uma concessão pública, nos próximos seis meses.

No entanto, a administração estadual ainda mostra cautela com a construção do complexo, que deve contar com hotéis e restaurantes no boulevard planejado.

“Talvez não seja a totalidade do arranque da obra, com a hotelaria e restaurantes, mas colocamos como prioridade pelo menos a arena multiuso e o centro de convenções. Dessa forma a gente vai dinamizando aquele ambiente. É um fator importante na geração de emprego e oportunidades

Pinheirão deve virar arena multiuso com centro de exposições

O projeto anunciado pelo governador Ratinho Junior prevê a extinção do Pinheirão e com investimentos que cheguem a R$ 1 bilhão.

O estádio já serviu como “casa” de AthleticoParaná Clube e seleção brasileira, além de ter abrigado jogos do Coritiba em diferentes épocas, mas vai se tornar um complexo com hotéis, restaurantes, centros comerciais para atender um centro de exposições e uma arena multiuso, com capacidade de 25 mil pessoas.

Segundo Guto Silva, porta-voz do governo estadual sobre o projeto, o desapropriação do estádio é uma estratégia no reposicionamento de Curitiba no cenário de grandes eventos. A cidade é cada vez mais reconhecida no turismo, mas ainda não tem capacidade para receber mais pessoas.

“Ainda carecemos de espaço adequado para receber grandes eventos. Curitiba, se for fazer um evento de grande porte, não tem ambiente e a rede de hotelaria tem dificuldades. Isso foi pensando, discutido e analisado e chegamos à conclusão do Estado do Paraná ter uma grande arena multiuso para poder recepcionar esses grandes eventos”, disse Guto.

Segundo o secretário, várias regiões foram analisadas e o Pinheirão se tornou alvo por estar inativo há muito tempo e pela localização. A área fica localizada na Victor Ferreira do Amaral, principal via de ligação entre Curitiba e Pinhais, um dos principais municípios da região metropolitana.

“Chegamos ao Pinheirão por não estar sendo utilizada por um grande período de tempo e estar em uma região estratégica. Tem toda uma discussão viária porque se movimenta muita gente, precisa ser bem localizada e acesso fácil para esse tipo de empreendimento”, finalizou.

Veja como está a situação do Pinheirão no momento

Fotos: Átila Alberti/UmDois Esportes

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