Sete anos após seu primeiro voo de teste, a fabricante de táxis aéreos elétricos Lilium entrou com um pedido de insolvência devido à falta de financiamento, afetando suas duas principais subsidiárias.
A empresa não conseguiu garantir uma injeção de US$ 54 milhões do governo alemão, mesmo após ter levantado mais de US$ 1 bilhão de investidores ao longo dos anos.
Essa situação é especialmente crítica, já que ocorre logo após a Administração Federal de Aviação (FAA) dos EUA emitir novas regulamentações para veículos elétricos de pouso e decolagem vertical, os chamados ‘carros voadores’ — o que poderia facilitar a entrada de empresas como a Lilium no mercado.
Recentemente, a Lilium também anunciou uma parceria com a GE Aerospace para desenvolver soluções de gerenciamento de dados de voo, uma colaboração que poderia trazer avanços significativos em segurança e eficiência.
Financiamento não bastou para salvar a empresa
- O cofundador Daniel Wiegand já havia manifestado dificuldades em levantar capital, comentando que, com US$ 205 milhões no caixa, a empresa estava em uma posição delicada.
- A tentativa de arrecadar US$ 250 milhões em uma nova rodada de financiamento não foi suficiente para manter as operações da Lilium.
- A fabricante tinha planos de entregar suas duas primeiras aeronaves até 2026 e havia recebido pedidos de 20 Jets da operadora americana UrbanLink e 100 Jets da transportadora da Arábia Saudita.
O CEO Klaus Roewe afirmou que, apesar da insolvência, ainda há esperança de um novo começo para o Lilium Jet. Ele mencionou que as subsidiárias alemãs podem conseguir atrair novos investidores e continuar suas operações sob a supervisão de um custodiante.
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Enquanto isso, outras empresas de táxis aéreos elétricos estão avançando. A Joby Aviation recebeu recentemente US$ 500 milhões da Toyota para apoiar seus esforços de certificação e produção, além de ter feito uma oferta pública para levantar mais US$ 200 milhões.
A Archer Aviation também fez progressos significativos, completando seu primeiro voo de transição de pairar para horizontal em junho e registrando 400 voos de teste bem-sucedidos em 2024. A corrida para estabelecer serviços de táxi aéreo elétrico está cada vez mais acirrada, com diversas empresas se preparando para decolar.