Um recente ensaio clínico demonstrou que a depressão pode ser tratada com segurança e eficácia em casa, utilizando um dispositivo de estimulação cerebral. Isso permite que os pacientes se autoapliquem impulsos de baixa intensidade, potencialmente melhorando sua qualidade de vida.
O estudo, conduzido por pesquisadores do King’s College London, da University of East London e do The University of Texas Health Science Center, foi financiado pela Flow Neuroscience, uma empresa sueca que fabrica um headset de estimulação cerebral projetado para sessões de 30 minutos em casa.
A tecnologia, chamada Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC), utiliza uma corrente fraca aplicada ao couro cabeludo para estimular a região frontal do cérebro, que regula humor, motivação e sono.
Detalhes do estudo no cérebro
- O estudo envolveu 174 participantes com depressão moderada a grave, divididos em dois grupos: um usou o headset ativo e o outro, um placebo.
- Os resultados, publicados na Nature Medicine, mostraram que o grupo que utilizou o dispositivo ativo teve uma resposta clínica de 58,3%, comparado a 37,8% no grupo de controle.
- Além disso, a taxa de remissão foi de 44,9% no grupo ativo, em contraste com 21,8% no grupo placebo.
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Essa pesquisa sugere que a estimulação cerebral pode ser uma alternativa viável e acessível às opções tradicionais de medicação e terapia, beneficiando as 280 milhões de pessoas que sofrem de depressão no mundo.
Cynthia Fu, autora sênior do estudo, destacou que o tDCS pode ser uma opção de primeira linha, especialmente para aqueles que enfrentam efeitos colaterais indesejados com antidepressivos.
O headset da Flow já está disponível no Reino Unido e é considerado seguro para uso por até 12 meses, oferecendo esperança para aqueles que podem ter recaídas após o tratamento inicial. Além disso, existem outros dispositivos de estimulação cerebral em desenvolvimento, voltados para tratar diversas condições de saúde mental.
