Nesta terça-feira (26), às 15h (pelo horário de Brasília), um asteroide com estimados 110 metros de diâmetro – tamanho de um campo de futebol – vai passar a cerca de 885 mil km da Terra (pouco mais que o dobro da distância daqui até a Lua). Embora pareça muito longe, isso é considerado bem próximo em termos astronômicos.

De acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA), a rocha espacial, denominada 2006 WB, foi descoberta em 16 de novembro de 2006 e não oferece risco. “Observações feitas em 2006 e 2014 permitiram aos astrônomos prever a aproximação segura de hoje e descartar qualquer impacto potencial nos próximos 100 anos”, diz um comunicado emitido esta manhã.

Órbita do asteroide 2006 WB próximo à Terra. Crédito: SSD/JPL/NASA

Dos quase 40 mil NEOs (sigla em inglês para objetos próximos à Terra) já detectados, mais de 2,3 mil foram descobertos somente em 2024, segundo o Centro de Coordenação de Objetos Próximos da Terra da ESA. O órgão revelou que outubro contabilizou mais de 450 novos objetos, o maior número para qualquer mês deste ano.

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Asteroide 2006 WB só pode ser observado através de grandes telescópios

Semanalmente, a NASA divulga o painel Asteroid Watch, que rastreia asteroides e cometas que farão passagens relativamente próximas da Terra. O quadro exibe a data de maior aproximação, tamanho estimado do objeto, uma referência de medida e a distância alcançada. De acordo com esse banco, o asteroide 2006 WB vai se aproximar novamente da Terra só em 2039.

Mapa do céu mostrando o asteroide 2006 WB na constelação de Cetus nesta terça-feira (26). Crédito: TheSkyLive

Segundo a plataforma de observação astronômica TheSkyLive, essa rocha espacial está na constelação de Cetus, a Baleia – que é visível nos céus do Brasil, mas, apesar da distância curta, como o objeto é pequeno demais, ele só pode ser observado através de grandes telescópios.

Qualquer rocha maior do que cerca de 150 metros que passe a menos de 7,5 milhões de km da Terra é chamada de objeto potencialmente perigoso (PHO, na sigla em inglês). A NASA estimou as trajetórias de todos os PHOs até depois do fim deste século, descobrindo que não há qualquer risco de colisão apocalíptica com o planeta pelo menos nos próximos 100 anos.



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