A espera finalmente acabou! O primeiro Grand Slam de tênis de 2024 começa na noite deste sábado (13) e promete mexer com o sono do fã da bolinha amarela. O Australian Open abre a temporada de majors reunindo os principais tenistas do mundo em Melbourne e, por conta do fuso horário, grandes jogos de até cinco sets devem acontecer ao longo da madrugada do Brasil.
O fã do esporte só vai perder algo se quiser, porque todas as quadras rápidas do Australian Open 2024 estão disponíveis no Star+, A ESPN transmite as principais partidas ao vivo todos os dias a partir das 21h. O fanático por tênis também terá a disposição uma janela exclusiva com transmissão em português no Star+, seguindo o mesmo horário da ESPN, mas sempre com partidas diferentes.
A cobertura começa no próprio sábado com o Pelas Quadras às 20h (de Brasília). O programa será diário durante todo o Slam, sempre antes da janela de jogos e com a participação especial de André Ghem, direto de Melbourne.
Em quadra, destaque para Beatriz Haddad Maia. A tenista nº 1 do Brasil está confirmada na chave principal e vai disputar sua 5ª edição do Australian Open. Em 11º lugar no ranking da WTA, ela também terá a companhia das melhores tenistas do mundo na disputa de simples, como a atual campeã Aryna Sabalenka e Iga Swiatek, líder do ranking.
No masculino, o principal nome é Novak Djokovic, que já foi campeão dez vezes em Melbourne e é de longe o grande favorito. O nº 1 do mundo terá como principais desafiantes Carlos Alcaraz, vice-líder do ranking da ATP, e Daniil Medvedev, campeão do US Open 2021. Rafael Nadal, que retornou ao circuito após um ano lesionado, ficou fora por sentir novamente o quadril no início de 2024.
Thiago Seithboad Wild, tenista brasileiro com a melhor colocação na ATP, também está confirmado no Australian Open e vai fazer sua estreia na chave principal do torneio. Outros brasileiros devem desfilar seu tênis nas quadras do Melbourne Park, só que nas duplas. Luisa Stefani, Ingrid Martins, Marcelo Melo, Rafael Matos e Marcelo Demoliner estão inscritos, isso sem contar que tanto Wild como Bia também devem participar como duplistas.
Quer saber mais do Aberto da Austrália? O ESPN.com.br preparou um guia completo do primeiro Grand Slam da temporada.
(Conteúdo patrocinado por Itaú, Mitsubishi Motors, Engie, Vivo, Ademicon e Betano)
Bia Haddad embalada por título em Adelaide
Beatriz Haddad Maia começou a temporada 2024 ainda em 2023 com a disputa da United Cup, quando o Brasil acabou superado por Espanha e Polônia na fase de grupos. A paulista de 27 anos superou a espanhola Sorribes Tormo, mas perdeu para a polonesa Swiatek.
No dia 7 de janeiro, Bia disputou seu único jogo de simples em 2024, quando acabou surpreendida por Anastasia Pavlyuchenkova, nº 59 do mundo, na estreia do WTA 500 de Adelaide. A falta de ritmo nas simples poderia até ser uma preocupação, mas a brasileira foi campeã nas duplas em Adelaide junto com a americana Taylor Townsend. As duas levantaram o primeiro troféu da parceria e estão confirmadas na disputa do Australian Open. Bia Haddad já foi finalista nas duplas do Happy Slam, quando junto com Anna Danilina, foi vice-campeã do Aberto da Austrália em 2022.
Beatriz Haddad Maia disputa pela 5ª vez na carreira a chave principal de simples do Australian Open. A tenista brasileira número 11 do mundo nunca tinha passado da 2ª rodada de um Grand Slam até Roland Garros do ano passado e não esconde que seu objetivo em todos os majors é avançar “três casinhas” e chegar às oitavas de final do torneio.
Em Melbourne, Bia Haddad foi eliminada logo na estreia em 2023 e, antes disso, sempre parou na 2ª rodada do Aberto da Austrália nas edições de 2018, 2019 e 2022. A brasileira de 27 anos chegou até a semifinal do Aberto da França e alcançou a segunda semana de Wimbledon no ano passado, superando de vez esse “fantasma” da 2ª rodada.
Na Austrália, Bia será cabeça de chave e só pode encontrar uma adversária de ranking superior nas oitavas de final. A nº 1 do Brasil estreia contra Linda Fruhvirtova, nº 85 da WTA, e se vencer, pode encarar, novamente, Sorribes Tormo ou Alina Korneeva, que furou o qualificatório.
Beatriz Haddad Maia teve um bom sorteio e pode encarar nas oitavas Maria Sakkari, nas quartas Coco Gauff e na semifinal Sabalenka. Ela é a única representante brasileira na chave de simples feminina do Australian Open, uma vez que Laura Pigossi acabou eliminada no quali.
Djokovic favoritaço, mas e o punho?
Novak Djokovic é o grande favorito na chave de simples masculina. O tenista sérvio de 36 anos disputou 18 vezes o Happy Slam e levantou o troféu em dez ocasiões, sendo o maior vencedor do Aberto da Austrália entre os homens.
Além desse recorde, Djoko também busca ampliar uma sequência de 28 vitórias no Australian Open: foi campeão em 2023, 2021, 2020 e 2019, sendo que em 2022 ele não participou porque não estava vacinado contra a COVID-19.
A última derrota do nº 1 do mundo no Melbourne Park foi nas oitavas de final de 2018, quando foi superado por Hyeon Chung em sets diretos. O sérvio foi tão dominante na edição passada que perdeu apenas um set em toda a campanha do seu 10º título no Australian Open.
Dono de 24 títulos de Grand Slam, Djokovic pode ampliar ainda mais a diferença para o 2º colocado nessa estatística entre os homens que é Nadal, que até retornou ao circuito após a lesão sofrida no último Australian Open, mas sentiu o quadril e precisou desistir dessa disputa. Se Novak vencer mais um major, ele desempata com a lenda australiana Margaret Court e se torna, também, o maior vencedor, entre homens e mulheres, de Slams da história.
Alcaraz e Medvedev são os grandes adversários na disputa, mas o próprio corpo pode ser o principal desafio de Djokovic. Se o sérvio estiver 100%, pouquíssimos tenistas podem fazer frente a ele, no entanto, durante a United Cup, o nº 1 do mundo sentiu dores no punho direito e acabou até derrotado por Alex De Minaur. Durante o ATP Finals no ano passado, Djokovic também se queixou de algumas dores nas costas.
Djokovic teve um sorteio “generoso” e estreia contra Dino Prizmic, que furou o quali, e pode encarar Alexei Popyrin ou Marc Polmans na 2ª rodada. Do seu lado da chave, estão no caminho Stefanos Tsitsipas nas quartas e Jannick Sinner em uma eventual semifinal.
‘Estreia’ de Thiago Wild
Tenista brasileiro com o melhor ranking de simples da ATP, Thiago Seyboth Wild fará sua estreia na chave principal do Slam australiano, onde disputou o qualificatório em três ocasiões e nunca venceu uma partida. Wild, que foi campeão do US Open juvenil em 2018, também disputou no mesmo ano a chave de juniores do major australiano e foi eliminado na 2ª rodada.
Thiago ocupa a posição de 74 do mundo após viver o melhor ano da carreira em 2023, quando venceu Medvedev em Roland Garros e conquistou quatro títulos de Challengers. Wild concedeu uma entrevista exclusiva para a ESPN no final do ano fazendo um balanço da temporada.
“Foi o ano mais especial da minha carreira. Quem está trabalhando comigo é uma equipe que tem muito carinho por mim. Eles são minha família. Hoje, eu passo mais tempo com eles que com os meus pais e meus amigos. Foi um ano que eu me reinventei, busquei várias melhoras que não tinham no meu horizonte, e essas pessoas fizeram com que eu enxergasse as coisas que eu não via antes. Então, isso é uma coisa que não tem preço. Tive um ano bastante consistente e fiquei satisfeito com meus resultados, mas agora é focar para fazer uma temporada ainda melhor.”
Thiago Wild teve um sorteio complicado e estreia contra o cabeça de chave nº 5 Andrey Rublev. Se vencer o russo, pode encarar Christopher Eubanks ou Taro Daniel na 2ª rodada. Seu melhor desempenho em um Grand Slam foi justamente no último Aberto da França quando parou na 3ª rodada. Nesta edição do Australian Open, Wild também vai disputar a chave de duplas com o amigo argentino Sebastian Báez.
Com a derrota de Felipe Meligeni Alves no qualificatório, Thiago Wild será o único representante do Brasil na chave de simples masculina no Aberto da Austrália.
Com Nadal fora, Alcaraz e Sinner podem ameaçar Djoko?
O amplo favoritismo de Djokovic neste Australian Open é algo difícil de se discordar, mas escolher os principais postulantes a rivais do sérvio pode gerar um debate interessante. Alcaraz, Medvedev e Jannick Sinner aparecem como principais nomes nessa questão.
O tenista espanhol de 20 “estragou” o calendar slam de Djokovic no ano passado ao vencer o sérvio na final de Wimbledon. Carlitos ocupa a vice-liderança do ranking mundial e busca seu 3º título de major da carreira e, não disputou a última edição do Australian Open por conta de uma lesão. Alcaraz nunca passou da 3ª rodada do Happy Slam e é o único major que ainda não chegou, pelo menos, na semifinal.
O nº 2 do mundo estreia contra Richard Gasquet e pode pegar Tommy Paul nas oitavas, Alexander Zverev nas quartas e, por fim, Medvedev na semifinal. Já o russo, estreia contra o francês Terence Atmane, que veio do quali, e pode encarar Gregor Dimitrov nas oitavas e Holger Rune nas quartas.
Medvedev ocupa a 3ª posição do ranking da ATP e chegou na final do Australian Open de 2022, quando foi derrotado por Nadal em uma virada alucinante. O russo foi campeão do US Open 2021 justamente em cima de Djokovic e busca o 2º título e Slam da carreira. No ano passado, Daniil conquistou quatro títulos em quadras rápidas em Miami, Dubai, Doha e Rotterdam.
Esses dois só podem enfrentar o atual campeão em uma eventual final, algo que se acontecer, terá um Djokovic muito embalado e que mantém 100% de aproveitamento em decisões do Australian Open.
Sinner é um nome que também aparece nesse pelotão e pode encarar o sérvio em uma possível semifinal. O italiano de 22 anos terminou 2023 com um ótimo momento, levando a Itália ao título da Copa Davis, superando inclusive Djokovic na semifinal. Além disso, foi vice-campeão do ATP Finals (superado pelo sérvio).
A única questão que ainda não coloca Sinner no mesmo patamar de Alcaraz e Medvedev é o físico do italiano, que ainda busca o 1º título de major da carreira. O tenista de 76 quilos e 1,88m costuma sofrer em jogos mais longos e por isso tem mais dificuldades em Grand Slams. Seu melhor resultado no Australian Open foi as quartas de final em 2022.
Se Nadal tivesse na chave, mesmo após um ano lesionado, o espanhol seria um dos nomes que poderia incomodar Djokovic. Não seria favorito, mas toda a mística e o peso do ‘El Toro Miúra’ poderia complicar bem as coisas para o sérvio, com quem já travou diversas batalhas épicas. No entanto, Nadal acabou sentindo novamente o quadril na sua 3ª partida em Brisbane e acabou desistindo do Australian Open.
Chave feminina sem favorita e com retornos de peso
Se na chave masculina Djokovic é o grande favorito, na disputa feminina não há uma unanimidade. Aryna Sabalenka, Iga Swiatek e Elena Rybakina são as principais candidatas para o título na Austrália.
Sabalenka é a atual campeã e nº 2 do ranking da WTA. A belarussa de 25 anos chegou a roubar a liderança de Iga no ano passado e tem um dos jogos mais agressivos do circuito. Aryna busca o 2º título de Slam da carreira e ter vencido em Melbourne no ano passado tirou um peso gigante de suas costas. Em 2024, ela foi finalista do WTA 500 de Brisbane, onde perdeu justamente para Rybakina, mas teve uma campanha sem perder sets até a decisão.
A cazaque de 24 anos foi campeã em Wimbledon 2022 e foi finalista no último Australian Open. A nº 3 do mundo costuma bater muito forte na bola e, graças às quadras rápidas australianas, chega também como uma das protagonistas no Happy Slam, apesar de já ter oscilado em 2024 sendo eliminada nas quartas do WTA 500 de Adelaide para Ekaterina Alexandrova depois do título em Brisbane.
A número 1 do mundo, Iga Swiatek, claro, também está nesse páreo de favoritas. Aliás, a polonesa talvez ainda pareça alguns centímetros na frente de suas competidoras. Swiatek foi eliminada nas oitavas de final do último Australia Open, perdendo justamente para Rybakina. Iga quando alcançou sua melhor campanha no major disputado na Oceania em 2022, quando chegou até a semifinal e foi superada por Danielle Collins.
Coco Gauff também é uma dos postulantes ao título, apesar de não estar no mesmo patamar do trio acima. A americana de apenas 19 anos vive uma ascensão impressionante após vencer o último US Open e conquistar o WTA 250 de Auckland na primeira semana de 2024. No Australian Open, no entanto, Gauff nunca passou das oitavas de final.
O sorteio da chave feminina acabou complicando bastante a vida de Iga. A nº 1 do mundo estreia logo contra a americana Sofia Kenin, ex-top 5 da WTA, e pode encarar na 2ª rodada Angelique Kerber, que já conquistou três títulos de Grand Slam carreira. Se avançar até as quartas, Iga ainda pode encarar Marketa Vondrousova, e está no mesmo lado da chave de Rybakina.
A cazaque estreia contra Karolina Pliskova e, se chegar até as quartas, pode encarar a americana Jessica Pegula. A atual campeã, Sabalenka encara na estreia a alemã Ella Seidel, que furou o quali e pode enfrentar Ons Jabeur nas quartas de final, além de estar no mesmo lado da chave de Gauff.
Outro destaque da chave feminina de simples é o retorno de grandes estrelas do tênis. Kerber, que não disputa um Grand Slam desde 2022, interrompeu sua carreira para dar a luz a sua filha Liana e está de volta ao circuito. A alemã foi campeã do Happy Slam em 2016.
Naomi Osaka, que foi bicampeã do Australian Open, ficou mais de 15 meses fora do circuito para cuidar da saúde mental e também encarar um novo desafio: a maternidade. Outra jogadora que também volta a disputar um Grand Slam é Emma Raducanu, campeã do US Open de 2021, que ficou longe das quadras por quase um ano devido às lesões e cirurgias no tornezelo e punho.
Mudança na programação e polêmica das bolinhas
A edição de 2024 do Australian Open será histórica. Será a primeira vez que o Grand Slam australiano vai começar no domingo em Melbourne, ou seja no sábado à noite no Brasil, ao invés da segunda-feira, e vai durar 15 dias, e não mais 14. Dessa forma, a organização do Happy Slam vai dividir a primeira rodada em três dias, não só em dois.
Segundo a direção do torneio, a mudança aconteceu porque dados mostram que as partidas de tênis estão cada vez mais longas, então tal medida foi adotada para reduzir os términos tardios das partidas nas sessões noturnas, pensando no bem estar dos jogadores e torcedores. No ano passado, Andy Murray venceu Thanasi Kokkinakis na 2ª rodada após 5h45 de jogo, que acabou depois das quatro horas da manhã no horário local.
Nessa linha, ATP e WTA publicaram nessa semana uma nova regra que obriga as organizações do torneio a seguirem algumas restrições de horários em suas programações. A partir de janeiro de 2024, cada quadra pode receber, no máximo, cinco jogos por dia, começando às 11h da manhã do horário local.
Além disso, nenhuma partida pode começar após às 23h do horário local, a não ser que uma exceção seja concedida por um supervisor da ATP ou WTA, e jogos que ainda não começarem até 22h30 devem ser alterados para começar em uma quadra alternativa, antes das 23h do horário local. Por fim, toda sessão noturna deve começar até às 19h30 do horário local, sendo que a recomendação da nova regra é começar uma hora antes.
Outra polêmica que cercou esse início de ano foram as bolinhas utilizadas pelos torneios, que mudam muito a cada gira. Inclusive, quando Djokovic sentiu o punho na United Cup, o tenista australiano Nick Kyrgios postou no X (antigo Twitter).
“Trocar as bolinhas toda semana finalmente afetaram o punho de Novak (Djokovic). A ATP realmente precisa fazer algo em relação a esse problema. Tenistas sofrem o tempo todo”.
Djokovic não confirmou que o problema tem a ver com as bolinhas, que serão as mesmas utilizadas no Australian Open. As bolas do Grand Slam australiano já foram alvo de críticas de grandes nomes do esporte como Rafael Nadal, Stan Wawrinka,Taylor Fritz e Daniil Medvedev.
“Para ser sincero, a bola estava muito grande no final do 1º set. Era muito difícil de direcionar a bola na maneira correta”, disse Nadal nesse ano após vencer um duelo no ATP 250 de Brisbane, torneio que utiliza as mesmas bolinhas do Aberto da Austrália.
A ATP e a WTA informaram que vão estudar essa questão e que será uma prioridade melhorar a qualidade das bolas.
Brasileiros nas duplas do Aberto da Austrália 2024
Se na chave de simples o Brasil só tem Bia Haddad e Thiago Wild como representantes, a bandeira verde e amarela vai estar muito presente nas duplas do Australian Open.
Além de Bia que joga com Townsend, Luisa Stefani, medalhista olímpica, joga com a holandesa Demi Schuurs e Ingrid Martins disputa com a romena Monica Niculescu nas duplas femininas.
Já nas duplas masculinas, que contam com Wild e Baez, Marcelo Melo joga com o holandês Matwe Middelkoop, Rafael Matos faz parceria com o colombiano do Nicolas Barrientos e Marcelo Demoliner disputa com o neozelandês Marcus Daniel.
No ano passado, Luisa Stefani e Rafael Matos foram campeões das duplas mistas do Aberto da Austrália. As chaves das duplas ainda não foram sorteadas e as duplas mistas também não foram confirmadas.
Premiação do Australian Open 2024
O Australian Open de 2024 vai entregar uma premiação total de 86,5 milhões de dólares australianos (algo em torno de R$ 282 milhões), após um aumento de 13% em relação ao prêmio do ano passado. A organização do torneio destaca que esse valor mais que dobrou nos últimos dez anos, quando em 2015 a premiação era de 40 milhões de dólares australianos.
O Aberto da Austrália premia de maneira igual homens e mulheres desde 2001. Os campeões das chaves de simples vão levar para casa $AU 3.15 milhões, algo em torno de R$ 10 milhões. Nas duplas masculinas e femininas, quem levantar o troféu também vai ficar com 730 mil dólares australianos (R$ 2,38 milhões). Nas mistas, esse valor cai para $AU 165 mil (R$ 573 mil) para a dupla vencedora.