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Camisetas, bonecos, baldes de pipocas, relógios com o rosto de James Rodriguez. São Paulo sonha faturar com o jogador – Prisma

Camisetas, bonecos, baldes de pipocas, relógios com o rosto de James Rodriguez. São Paulo sonha faturar com o jogador - Prisma


São Paulo, Brasil


Muito mais eufórico do que James Rodríguez, na madrugada de hoje, só uma pessoa no São Paulo.


Julio Casares.


A contratação do colombiano é de sua total responsabilidade.


O presidente foi quem, sem consultar Dorival Junior, então treinador na época, quem decidiu fechar contrato com o meia, indicado por Rafinha.


Homem de marketing, Casares agia com total entusiasmo em agosto de 2023.


Ele já havia planejado uma linha de produtos para serem vendidos com a estampa do rosto de James Rodriguez, tamanha era a certeza de que ele revolucionaria o futebol deste país.


Como se fosse o ‘Michael Jordan do Morumbis’.


Seriam fabricados relógios, capas para celular, relógios, mochilas, bonés, camisetas, copos, baldes de pipoca e bonecos do jogador.


Casares tinha a certeza que haveria fila de torcedores nas lojas oficiais para comprarem um item de James Rodriguez.



Ele parecia um cantor de rock, quando desembarcou no aeroporto de Congonhas, para jogar no São Paulo, dia 30 de julho de 2023. Membros das organizadas foram avisados que ele chegaria e a cena foi perfeita para as tevês.


Foi inscrito em velocidade espantosa para estar em campo na semifinal da Copa do Brasil, contra o Corinthians.


Mas o problema é que começou a treinar.


Dorival Junior viu que ele estava muito abaixo dos demais e assumiu que não iria mudar seu esquema tático para escalá-lo. Foi assim feito até a conquista do título da competição, contra o Flamengo.


No dia 31 de agosto, ele já havia sido personagem principal ao perder pênalti contra a LDU, que custou a eliminação da Copa Sul-Americana.


Egocêntrico, James Rodriguez, 32 anos, já ficou incomodado ao entender que, para Dorival, era um mero reserva. Esperava que tudo mudaria com Tiago Carpini, em 2024. Só que o jovem treinador acompanhou de perto o estado físico do colombiano e foi claro que, se não melhorasse muito, seguiria no banco. 


Foi quando o colombiano decidiu nem ir para Belo Horizonte, para acompanhar a final da Supercopa do Brasil, contra o Palmeiras. Rodrigo Nestor, recém-operado, foi, decidido a apoiar o grupo. A decisão de James Rodriguez pegou mal demais com a direção, os companheiros e Carpini.



O jogador entendeu que deveria ir embora. Seria melhor ficar livre no mercado do que reserva no Brasil.


Só que o São Paulo deveria pagar R$ 12 milhões em luvas. Além do salário de R$ 1,5 milhão por mês. Casares, frustrado com o cenário, deixou claro que as luvas só chegariam ‘inteiras’ para James Rodriguez, se ele ficasse até junho de 2025. Não indo embora em fevereiro de 2024.


Depois de muita discussão, James Rodriguez voltou atrás.


E só quando ficou certa a situação financeira, o meia se reuniu com Carpini e com os jogadores. Ele repassou a culpa ao ‘difícil’ período de adaptação e tudo seguiu como Casares queria.


Na sua primeira partida de 2024, ontem, contra a Inter de Limeira, o colombiano já entrou com o São Paulo se impondo. Mas foi muito bem, ao lado de Luciano.


Carpini não quer escalá-lo ao lado de Luciano. Sabe que os dois precisam melhorar muito fisicamente para atuar juntos. Porque o time, da maneira intensa que o técnico quer o São Paulo, só pode privilegiar taticamente apenas um.


Depois da partida, em Brasília, quando o colombiano marcou um gol e deu uma assistência, Casares ficou entusiasmado.


A começar pela torcida exaltando, em coro, James Rodriguez.


O homem de marketing viu que o São Paulo poderá ter o jogador midiático que ele tanto queria.


A ponto de apostar em Alexandre Pato, quando toda a direção do clube avisava que seria um desperdício, como foi.


Foi apenas uma partida.


Mas Casares está realmente entusiasmado.


Os protótipos das canecas, camisetas, baldes de pipoca, relógios, capas de celulares e bonecos estão prontos.


E esperando para serem fabricados.


Só que, desta vez, Casares terá um pouco mais de paciência.


Ele entendeu que não basta ser midiático.


E nem ‘jogador do presidente’.



James Rodriguez tem de se firmar como titular para o plano mercadológico dar certo.


Mas fazia tempo que o dirigente não estava tão bem-humorado, como nesta manhã de quinta-feira.


Sabe que errou profundamente com Pato.


E quer acertar com James Rodriguez.


O primeiro passo com firmeza foi dado ontem…