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A Grande Conquista 2: Rachel Sheherazade dá broncas em confinados por fala racista e abre espaço para pronunciamento de envolvidos

A apresentadora e jornalista Rachel Sheherazade precisou usar um tempo do programa ao vivo de ‘A Grande Conquista 2‘ para dar uma bronca e alertar os participantes sobre algumas falas bastante preconceituosas e racistas que vieram a ser ditas após uma situação envolvendo ViniGram e Any. Na ocasião, primeiro Rachel explicou a gravidade da situação para os envolvidos e depois deixou com que os dois pudessem se pronunciar também sobre o assunto.

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“Vocês viram os diversos títulos de filmes sugeridos na brincadeira, inclusive, vários de vocês riram nesse momento e entenderam tudo como uma brincadeira. Na hora, o Vinigram também pareceu ter levado na brincadeira, mas ele não esqueceu e, na última madrugada, comentou com algumas pessoas sobre esse ocorrido por ter se sentido ofendido”, iniciou ela, que seguiu: “E é por isso que estou aqui, para dar esse alerta: não importa o que foi dito, e sim como foi recebido. Por isso, peço cuidado com as palavras. Às vezes, você pode não ter intenção, mas é importante levar em conta a forma que a pessoa recebeu. Ao ver uma cena que pode parecer racismo ou qualquer outro tipo de preconceito, é tarefa de todos nós enfrentarmos esse tipo de situação. Nós, da produção, somos absolutamente contra atitudes preconceituosas”, afirmou a apresentadora.

Foi então, que ela deu voz primeiro ao rapaz, que desabafou: “Acho que é muito importante, porque isso é uma situação que acontece todos os dias lá fora e existem muitas pessoas que passam por isso. Naquele momento, não levo aquilo como uma brincadeira. Se pareceu, deixo claro que não levei como uma brincadeira [sobre a fala do filme ‘Planeta dos Macacos’]. Me posiciono, olho para a Any e falo: ‘não, moça, não fala isso’. E guardo esse sentimento para mim, até para não expor a Any ou causar qualquer tipo de tumulto”, explicou.

Vini não parou por ai e seguiu: “Porque o racismo faz isso com a gente, faz a gente se sentir culpado. Naquele exato momento, pergunto para mim mesmo se estava parecendo um macaco. E fica muito óbvio na imagem que não pareço um macaco, pareço fazendo o sinal da arma, de quem está se escondendo, que é a brincadeira. Acabo deixando e me sentindo culpado por essa brincadeira ou pela fala”, afirmou. Em seguida, Vini explicou melhor como se sentiu em relação a fala de Any:

“Ontem, na dinâmica, a Any pontua, usando o termo garra, que para mim é gatilho que me dispara, que faz eu me colocar de novo nesse lugar — e onde pontuo ela dizendo que é mais um termo pejorativo, que não deve ser usado comigo ou qualquer outra pessoa. Racismo é uma coisa intolerável, homofobia é intolerável, racismo religioso é intolerável, xenofobia é intolerável. Jamais devo me calar, não é a primeira vez que acontece comigo, possivelmente não será a última. Tenho um filho, ele ainda não entende, mas um dia ele vai assistir e vai ver o pai dele se posicionando. Tenho um pai que é ativista e me deu bagagem suficiente para lutar contra isso e contra esse sistema que oprime muitas pessoas como eu, como Edlaine. Me calar diante disso seria um erro muito grande”, finalizou.

Na sua vez de falar, Any se desculpou com o amigo e não questionou a maneira como ele se sentiu: “Isso que aconteceu nem passou pela minha cabeça, que seria algo que afetaria o Vini, falei ali realmente sem intenção. Tanto que, quando a gente conversou, quando ele trouxe isso para mim foi uma surpresa, mas eu pedi perdão, porque realmente não foi de coração. Logo eu, uma pessoa que representa tanto como mulher trans aqui, eu jamais faria algo para magoar ele. Só me resta pedir perdão a ele, pedi perdão ao Brasil, a todas as pessoas que se sentiram ofendidas e a todo mundo da casa, que foi atingido por isso. Estou envergonhada, triste, sem palavras. Nunca imaginei estar numa situação como essa, só posso pedir perdão”, finalizou.

Donos da Mansão, João Hadad e Kaio batem martelo sobre indicação para a berlinda

A formação da segunda berlinda de ‘A Grande Conquista 2‘ vem se aproximando e os donos da mansão, João Hadad e Kaio usaram a madrugada dessa terça-feira (21) para entrar em um consenso e analisar quem seriam suas opções de votos. Na ocasião, eles conversaram sobre a última semana e falaram abertamente sobre quem ou não devem votar para a ‘Zona de Risco‘.

“Haja vista o que eu e você presenciamos, acho que o nome mais fácil de chegarmos a um consenso seja o Brenno. Acredito que, para você, Mari não seja uma opção, Vinigram não seja opção. Apesar de ter meus motivos, você não tem motivo para indicar essas pessoas. Não faz sentido para você, entendo e respeito isso. Talvez quem esteja mais próximo de um consenso seja o Brenno, e não que você esteja me dando razão, mas que esteja com dúvida do que ele vem fazendo dentro do jogo”, explicou Kaio.

Em seguida, Hadad concordou com o amigo e explicou também seu ponto de vista: “Para a gente chegar a um consenso, algumas partes precisam ceder. O Brenno, para mim, sempre foi uma incógnita relacionada a minha pessoa, a gente teve uma troca bacana, mas nunca algo além. Até para obter uma resposta do que está acontecendo, para que seja posto um ponto final e a gente consiga mudar para outra página, porque acho que já está repetitivo, cansativo, está sempre a mesma conversa, sempre o mesmo embate”, afirmou. Por fim, Hadad revelou que indicaria Anahí e Cel para a berlinda mas discordou.