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Alzheimer e doença cardíaca podem ter causa em comum

Cientistas da Edith Cowan University (ECU), na Austrália, encontraram uma ligação entre o Alzheimer e a doença arterial coronária (DAC) em um novo estudo. As investigações confirmaram o que a ciência já suspeitava: ambas as doenças compartilham genes que podem revelar mais detalhes sobre os mecanismos por trás delas.

Os resultados da análise foram publicados na revista International Journal of Molecular Sciences.

Existe um ligação genética entre doença arterial coronariana e o Alzheimer – Crédito: Atthapon Raksthaput – Shutterstock

Alzheimer e doença arterial coronariana possuem relação genética

  • Uma equipe de pesquisadores analisou um grande conjunto de dados genéticos em busca de uma conexão entre o Alzheimer e a DAC.
  • Já existem muitas evidências mostrando essa ligação, mas os mecanismos do Alzheimer ainda são pouco compreendidos, especialmente em relação ao papel das gorduras no sangue e às características da DAC.
  • Independentemente disso, a equipe descobriu que ambas as doenças podem compartilhar uma causa mais profunda e confirmou essa relação.
  • Eles identificaram alguns genes específicos que desempenham papéis tanto no Alzheimer quanto em problemas cardíacos, como angina e infarto, além de contribuir para o aumento de gorduras no sangue.
  • Ainda não está totalmente claro o papel desses genes, mas a descoberta abre caminhos para entender melhor a ligação entre a saúde do cérebro e a do coração.
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A doença arterial coronariana (DAC) ocorre quando as artérias coronárias, que fornecem sangue ao coração, são bloqueadas por um acúmulo de gordura – (Imagem: Shutterstock)

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Descoberta abre caminho para entender as doenças

Os dados encontrados no estudo não indicam necessariamente que os fatores genéticos que causam Alzheimer também provocam doenças cardíacas, ou vice-versa. No entanto, revelam que esses genes podem aumentar o risco de ambas as condições por motivos ainda desconhecidos.

Descobrir a conexão entre as doenças abriu um caminho de possibilidades para novas investigações focadas em compreender as causas que influenciam o progresso das patologias. Ao descobrir o papel desses genes, talvez seja possível buscar novos tratamentos e até métodos de prevenção para ambas as condições. A expectativa da autora, Artika Kirby, é ajudar o maior número possível de pessoas no futuro.

Estou otimista que nossas descobertas abram novos caminhos de pesquisa que têm o potencial de melhorar a vida de milhões de pessoas no mundo todo

Artika Kirby ao portal da ECU.