O ano do centenário do Athletico já está marcado por marcas negativas. Na luta contra o rebaixamento no Brasileirão, o Furacão conquistou o título estadual e chegou até as quartas de final da Copa do Brasil e da Sul-Americana.
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O UmDois Esportes listou os números que o clube rubro-negro amarga nesta temporada. Confira:
Pior sequência da história na Arena
Em fevereiro, o estádio Joaquim Américo Guimarães mudou o nome para Mario Celso Petraglia, em homenagem ao atual presidente, que é considerado o maior dirigente da história do Furacão. No entanto, a alteração não deu sorte.
O Athletico registra a pior série da própria história como mandante no Brasileirão. O time está a nove jogos sem vencer no próprio estádio (e também são nove rodadas sem vencer).
A série negativa começou com empates diante do Flamengo e Corinthians, resultados que antecederam a série de cinco derrotas seguidas (São Paulo, Bahia, Grêmio, Juventude e Palmeiras). Na sequência, a equipe empatou com o Fortaleza e, por último perdeu para o Botafogo.
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O último triunfo do Furacão em Curitiba foi no dia 13 de junho, há mais de quatro meses, quando a equipe venceu o Criciúma por 3 a 1 pela oitava rodada.
Conforme os dados do jornalista e historiador Osmar Rebolo Junior, o Athletico chegou a ter um jejum de cinco jogos sem vencer em três sequências negativas na Arena da Baixada, só que todas registradas no século passado. As três séries aconteceram em 1938, 1950 e 1952. Naquela época, ainda não existia o Campeonato Brasileiro.
Athletico e as trocas de treinadores
Agora sob o comando de Lucho González, o Athletico teve cinco treinadores em 2024.
Isso não acontecia desde 2015 e essas mudanças no comando são vistas como o principal erro do clube neste ano. Além disso, o Furacão ainda promoveu uma reformulação quase total no departamento de futebol.
O Rubro-Negro depositou confiança em Juan Carlos Osorio no início da temporada, mas o colombiano foi demitido por problemas internos logo após a primeira derrota, ainda no Campeonato Paranaense.
Cuca foi escolhido como substituto. Torcedor rubro-negro assumido, o trabalho ficou marcado pelas polêmicas já no anúncio (devido à condenação anulada na Suíça) e na saída (em que pediu demissão após três empates seguidos).
O auxiliar Juca Antonello, da comissão permanente rubro-negra, esteve à frente da equipe em quatro jogos. Foram duas vitórias e duas derrotas, ou seja, 50% de aproveitamento nos jogos em que o time ficou sem treinador.
Por fim, o uruguaio Martín Varini foi demitido do Athletico na véspera da decisão contra o Racing Club, da Argentina.
Ele saiu do comando da equipe devido aos péssimos resultados (e desempenhos) no Brasileirão. A pressão da luta contra o rebaixamento fez com que a diretoria optasse por contratar Lucho, que é identificado com o clube por ter sido ídolo enquanto jogador.
Athletico teve fim de tabu contra o Botafogo
O Athletico não perdia para o Botafogo em Curitiba há 16 anos. O último triunfo dos cariocas como visitante foi em 3 de agosto de 2008, pelo Campeonato Brasileiro. Desde então, eram 14 jogos, com três empates e 11 vitórias rubro-negras.
No entanto, o jejum de vitória dos cariocas acabou com o triunfo por 1 a 0, com gol do atacante Igor Jesus, revelado pelo Coritiba e que está como titular na seleção brasileira.
Agora são 21 confrontos entre Athletico e Botafogo, na Ligga Arena, neste século. São 14 vitórias do Rubro-Negro, além de quatro empates e três triunfos dos cariocas.
Athletico centenário e os gols nos acréscimos
Conhecido por ter se tornado um time copeiro nos últimos anos, o Athletico sofreu bastante com os acréscimos na atual temporada. Foram seis jogos no Brasileirão 2024 em que o time deixou escapar pontos valiosos.
No primeiro turno, o time já havia sofrido empates contra o Flamengo, aos 54 minutos do segundo tempo, Botafogo, aos 53 minutos, e Corinthians, aos 51 minutos da etapa final. A sequência culminou na saída do técnico Cuca, incomodado com a cobrança da torcida devido aos resultados e com insatisfação no vestiário.
Já no segundo turno, o Furacão sofreu o empate contra o Internacional, com gol sofrido aos 51 minutos, e as derrotas para Vasco e Flamengo. Ambas fora de casa, o Athletico tomou gols aos 40 e 44 minutos, respectivamente.
Se tivesse somado os dez pontos deixados para trás, o Athletico estaria com 41 pontos. Isso colocaria o clube na nona posição, na caça da zona de classificação para a Libertadores. No entanto, o cenário atual é alarmante: o Furacão ocupa a 15ª posição, com 31 pontos, dois acima da zona de rebaixamento.
Maior patrocínio da história do Athletico foi suspenso
Se não bastassem os resultados ruins dentro de campo, o Athletico ainda teve problemas com patrocinador. A Esportes da Sorte, patrocinadora oficial do clube, teve licença autorizada para operar de forma parcial no Brasil na semana passada. Mas isso aconteceu somente depois do clube anunciar a suspensão do patrocínio.
Baseado na então irregularidade da casa de apostas com o governo federal, conforme foi divulgado pelo Ministério da Fazenda, o Furacão segue sem exibir o nome da casa de apostas esportivas em sua camisa oficial.
Vale lembrar que o contrato entre as partes vai até o fim de 2025, com valores estimados entre R$ 16 milhões e R$ 17 milhões por ano. O acordo anunciado representava a maior quantia de um patrocínio da história rubro-negra.
Durante o período em que a Esportes da Sorte não teve o seu nome liberado para operar no Brasil, o Athletico foi o único clube patrocinado pela empresa a suspender a exposição da marca.
Em nota oficial, o clube revelou que notificou a bet “da imediata suspensão da execução e exposição de sua marca junto ao Club, com base em prerrogativa contratual e legal, assim como solicitou em prazo determinado que preste esclarecimentos sobre a regularidade de sua operação diante dos fatos recentemente noticiados.”