A negociação para a compra de caças Gripen pelo governo brasileiro se tornou uma verdadeira novela. Até agora, a Força Aérea Brasileira (FAB) recebeu apenas sete aeronaves e está insatisfeita com os altos custos e o atraso no cronograma de entregas da sueca Saab. Por isso, está buscando alternativas.
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F-16 são inferiores, mas adequados às necessidades brasileiras
- A FAB confirmou que está estudando a aquisição de um lote usado de aeronaves norte-americanas F-16.
- A entidade explica que não existe nenhuma negociação em andamento, com apenas o levantamento de preços sendo realizado para verificar a viabilidade da operação.
- Esta seria uma alternativa tampão visando substituir os aviões de ataque Embraer AMX, que começarão a ser desativado na base em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, no fim de 2025.
- A vantagem é que o F-16 sobra em estoques mundo afora, o que garantiria uma entrega rápida.
- No total, seriam adquiridas 24 aeronaves.
- Especialistas afirmam que o modelo é pior que o Gripen, mas considerado adequado às necessidades brasileiras.
Pressão sobre os suecos
Em setembro do ano passado, o governo reduziu o pedido de caças Gripen e tentou negociar venda de aviões militares para Suécia. Já na oportunidade existia um grande receio com os atrasos nos cronogramas.
Isso não quer dizer, no entanto, que o Brasil vá desistir dos caças. Alguns analistas destacam que o anúncio da FAB tem como objetivo pressiona os suecos a melhorar as condições de uma negociação que está em curso desde o ano passado para a aquisição de mais aeronaves.
Até agora, o negócio custou 39,3 bilhões de coroas suecas, o que representa pouco mais de R$ 20 bilhões. O valor é financiado por 25 anos, mas a FAB precisa pagar adiantado parcelas que serão abatidas depois.