O brasileiro Eduardo Aparecido de Almeida foi expulso do país vizinho para o Brasil na noite de quarta-feira (18); material genético dele será coletado para análise. Polícia prende brasileiro chefe de facção que levava vida de luxo no Paraguai
Eduardo Aparecido de Almeida, um dos chefes do PCC, pode estar envolvido na organização do mega-assalto à Prosegur, em Ciudad del Este, no Paraguai, em abril de 2017, aponta a Polícia Federal.
Pisca, como também é conhecido, foi preso em Assunção na quarta-feira (18) durante uma operação conjunta da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) do Paraguai e da PF.
Vídeo mostra momento da prisão de chefe de facção no Paraguai
Eduardo Aparecido de Almeida, o Pisca, foi preso em uma operação conjunta entre as polícias paraguaia e brasileira em Assunção
Divulgação
Na ação foram presos ainda outro brasileiro, Ricardo Moraes Alves, e um policial paraguaio, ambos também apontados como integrantes da facção criminosa que atua nos dois países.
Os dois brasileiros foram expulsos do país vizinho por volta das 22h e entregues à PF na aduana da Receita Federal na Ponte Internacional da Amizade, entre Ciudad del Este e Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.
Segundo o delegado Fabiano Bordignon, material genético de Almeida e de outro suspeito preso também na quarta-feira na capital paraguaia será colhido para comparação com outros colhidos em uma casa supostamente usada pelo grupo antes do assalto.
Na madrugada do dia 24 de abril de 2017, cerca de 40 assaltantes participaram do roubo de mais de US$ 11,7 milhões da sede da Prosegur em Ciudad del Este, no Paraguai
AP Foto/Mariana Ladaga/Diario ABC Color
“Eles serão ouvidos e também será feita a coleta de DNA para ver se dá algum confronto positivo com o local do crime no Paraguai. Pode ter também uma atividade deles intelectual, não necessariamente na atuação e na execução do roubo”, destacou.
Bordignon afirmou que Pisca e Alves devem permanecer presos na delegacia da PF em Foz do Iguaçu até que possam ser transferidos para uma penitenciária federal.
O mega-assalto
Na madrugada do dia 24 de abril de 2017, cerca de 40 assaltantes participaram do roubo de mais de US$ 11,7 milhões – o equivalente a R$ 40 milhões – da transportadora de valores.
No dia do assalto, um policial paraguaio foi preso na troca de tiro com os assaltantes.
Em buscas feitas no Brasil após a fuga do grupo, foram apreendidos explosivos e armas de vários calibres, como fuzis, e recuperados R$ 4,5 milhões em cédulas de real, guarani e dólar.
A perícia na casa em Ciudad del Este, usada pelo grupo por cerca de 30 dias até o dia do assalto, e exames de DNA identificaram cerca de 30 perfis genéticos.
No total, 12 suspeitos de envolvimento no crime permanecem presos – quatro deles no país vizinho.
Dos oito inquéritos abertos pela Polícia Federal do Brasil, um foi concluído e sete estão em andamento.
Outro lado
Até a ultima atualização desta reportagem, o G1 tentava contato com a defesa dos dois citados.
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