Os vencedores do I Prêmio Nacional de Jornalismo do Poder Judiciário – 35 anos da Constituição Cidadã foram anunciados nesta quarta-feira (24), em cerimônia no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na ocasião, foram conhecidos os ganhadores de cada uma das quatro categorias: jornalismo escrito (impresso ou on-line); de áudio; de vídeo; e fotojornalismo, nos cinco eixos representados por cada órgão participante. A ministra Cármen Lúcia, vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), representou a Corte na premiação.
Os primeiros colocados foram agraciados com um troféu. Os classificados do segundo até o quinto lugar receberam certificados das mãos dos representantes de cada Tribunal. Participaram da entrega da premiação referente ao Eixo 2, do TSE, além da vice-presidente, as ministras Edilene Lôbo e Vera Lúcia Santana Araújo e o ministro Floriano de Azevedo Marques.
O evento contou com a presença de ministros de todas as Cortes envolvidas, profissionais da imprensa, demais autoridades do Poder Judiciário, do Ministério Público e da classe dos advogados, bem como de representantes de associações e entidades de classe, servidores e colaboradores das áreas de comunicação dos tribunais participantes, convidadas e convidados.
Durante a premiação, a ministra Cármen Lúcia ressaltou que não há democracia sem imprensa livre, sem um jornalismo responsável, criativo e coerente com a necessidade que a sociedade tem de obter informações. Para ela, o direito à liberdade de expressão é individual, mas é um direito de todos, “para que a informação não seja uma deformação [da verdade] ou desinformação”.
Segundo a vice-presidente do TSE, eleições livres no Brasil não seriam possíveis sem uma imprensa livre, que contribui para o fortalecimento das liberdades. “O serviço da imprensa é que faz com que tenhamos um bom terreno para fazer florescer a democracia que temos hoje. Como servidora pública, digo que a imprensa nos ajuda, inclusive, a acertar”, afirmou. Por fim, Cármen Lúcia lembrou do papel da imprensa no pleito de 2024. “Continuo acreditando que, mais uma vez, a imprensa cumprirá seu papael para que tenhamos eleições livres, seguras e transparentes”.
A cerimônia foi transmitida pela TV Justiça e pelo canal do STJ no YouTube.
Sobre o prêmio
O I Prêmio de Jornalismo do Judiciário é uma ação conjunta entre o TSE, o Supremo Tribunal Federal (STF), o STJ, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) e o Superior Tribunal Militar (STM). De 18 de setembro de 2023 a 19 de janeiro de 2024, jornalistas puderam inscrever, em até três eixos, trabalhos produzidos e publicados em meios de comunicação durante o período de 8 de janeiro de 2023 a 8 de janeiro de 2024. Ao todo, os cinco eixos temáticos receberam 261 trabalhos.
O TSE, Eixo 2 do prêmio, recebeu 33 inscrições. Dessas, 21 foram confirmadas e analisadas, pois atendiam aos requisitos do edital. Para o eixo da Corte Eleitoral, os assuntos poderiam abranger as eleições e outros temas ligados ao Tribunal da Democracia.
O objetivo do prêmio é reconhecer os trabalhos jornalísticos que ressaltam o papel do Judiciário na promoção da cidadania e na proteção do Estado Democrático de Direito, bem como celebrar o 35º aniversário da Constituição Federal de 1988 – comemorado em 5 de outubro de 2023 – e promover a reflexão sobre os direitos assegurados pela Carta Magna.
As comissões julgadoras, constituídas pelos tribunais, foram compostas por ministros, juristas especializados e profissionais da imprensa.
Confira os vencedores do TSE – Eixo 2
JORNALISMO ESCRITO
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1º lugar
Na contramão da Câmara, TSE aperta punição à fraude de cotas de gênero e condena 82% dos casos
Autoria: Mariana Soares Muniz
Veiculação: O Globo
Resumo do trabalho: A reportagem aborda fraudes às cotas de gênero nas eleições e como o TSE vem abordando o assunto em seus julgamentos. -
2º lugar
Além das Urnas
Autoria: Felipe da Silva Nunes
Veiculação: Jornal da Paraíba
Resumo do trabalho: A série de três reportagens “Além das Urnas” fala sobre ações desenvolvidas pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) e a Justiça Eleitoral para a inclusão de públicos socialmente vulneráveis. -
3º lugar
Defesa da democracia e combate à desinformação nas Eleições 2024: o papel do Tribunal Superior Eleitoral
Autoria: Germano de Oliveira Ribeiro
Veiculação: Diário do Nordeste
Resumo do trabalho: Com os ataques antidemocráticos do 8 de janeiro como foco, a reportagem mostra o trabalho do TSE para combater a desinformação espalhada pelos golpistas meses antes. Além disso, são apresentados os desafios e perspectivas para a organização das Eleições de 2024. -
4º lugar
40% dos partidos descumpriram cota de recursos para candidaturas femininas
Autoria: Carolina Vossio Brígido
Veiculação: Portal UOL
Resumo do trabalho: Levantamento revela que 40% dos partidos políticos brasileiros descumpriram a regra que determina o uso de pelo menos 30% do Fundo Eleitoral para financiar candidaturas de mulheres nas Eleições de 2022. -
5º lugar
Mulheres na política: número de filiadas é expressivo, mas não se traduz em candidatas
Autoria: Caroline Vieira Bueno de Oliveira
Veiculação: Brasil de Fato
Resumo do trabalho: De acordo com dados do TSE, os filiados aos partidos políticos são predominantemente do gênero masculino. Na mesma linha, a representatividade efetiva das mulheres na política é bastante desigual.
JORNALISMO DE VÍDEO
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1º lugar
As acusações que podem impedir Bolsonaro de disputar eleições
Autoria: Mariana Schreiber Ribeiro
Veiculação: BBC News Brasil (YouTube)
Resumo do trabalho: A reportagem explica o julgamento de uma ação de inelegibilidade contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. -
2º lugar
Eleições suplementares em Cachoeira Alta
Autoria: Cássio da Silva Ramos
Veiculação: TV Anhanguera Rio Verde
Resumo do trabalho: Os eleitores de Cachoeira Alta foram às urnas escolher novos representantes em uma eleição suplementar convocada depois da cassação do mandato do ex-prefeito e vice por abuso de poder econômico. A reportagem foi à cidade conferir o que os moradores acharam das eleições e, claro, o resultado da votação. -
3º lugar
O que muda com a minirreforma eleitoral?
Autoria: Alex Mirkhan
Veiculação: Brasil de Fato
Resumo do trabalho: Análise de especialistas sobre a aprovação, na Câmara dos Deputados, de projetos de lei que formam a minirreforma eleitoral. -
4º lugar
Eleições 2022 – Auditoria da votação eletrônica no Amapá
Autoria: Benedita Monte da Costa
Veiculação: Canal no YouTube – Benedita Monte
Resumo do trabalho: O documentário retrata a realização dos Testes de Integridade e Autenticidade durante as Eleições Gerais de 2022 no estado do Amapá.
JORNALISMO DE ÁUDIO
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1º lugar
Paredes São de Vidro
Autoria: Felipe Recondo Freire
Coautores: Alexandre Aragão e Eduardo Gomes
Veiculação: JOTA
Resumo do trabalho: A série Paredes São de Vidro descreve a história de criação das urnas e radiografa a segurança do processo eleitoral que garante a regularidade das eleições brasileiras. -
2º lugar
Radiodocumentário “Constituição cidadã – 35 anos: democracia e saúde mental em xeque”
Autoria: Ruleandson do Carmo Cruz
Coautores: Alessandra Dantas e Breno Rodrigues
Veiculação: Rádio UFMG Educativa
Resumo do trabalho: O radiodocumentário aborda os ataques golpistas às sedes dos Três Poderes, em Brasília; a conquista da Constituição Cidadã e os movimentos sociais; a Era da internet e da desinformação, além da democracia e da saúde mental das pessoas em meio a tudo isso.
FOTOJORNALISMO
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1º lugar
TRE emite zerésima para integridade da eleição de conselheiro tutelar
Autoria: Breno Esaki Borges
Veiculação: Portal Metrópoles
Resumo do trabalho: O trabalho de fotojornalismo acompanhou as eleições para Conselheiros Tutelares de 2023, desde a emissão da Zerésima até a votação dos eleitores em diversas zonas eleitorais.
🏆Confira os trabalhos vencedores dos demais Tribunais e acesse a Página do I Prêmio Nacional de Jornalismo do Poder Judiciário.
JL/LC
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