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“Construa a Vida que Quer”. Os conselhos de Oprah Winfrey – Vida

"Construa a Vida que Quer". Os conselhos de Oprah Winfrey - Vida

Nota da Oprah

Uma das muitas coisas que ganhei ao fazer The Oprah Winfrey Show durante vinte e cinco anos foi um lugar na primeira fila para toda a espécie de infelicidade. E quando digo de toda a espécie, refiro‑me mesmo a toda. Os meus convidados incluíam pessoas destruídas por tragédias, traições ou profundas desilusões. Pessoas zangadas e pessoas que guardavam rancor. Pessoas cheias de arrependimento e culpa, vergonha e medo. Pessoas que faziam tudo o que estivesse ao seu alcance para entorpecer a sua infelicidade, mas que, mesmo assim, acordavam todos os dias infelizes.

Testemunhei também muita felicidade. Pessoas que tinham encontrado o amor e a amizade. Pessoas que usavam os seus talentos e habilidades para fazer coisas boas. Pessoas que colhiam os frutos do altruísmo e da generosidade, incluindo uma que até doou um rim a um desconhecido que conhecera recentemente. Pessoas com um lado espiritual que trouxe um significado mais rico às suas vidas. Pessoas a quem foi dada uma segunda oportunidade.

“É Desta Que Leio Isto”

“É Desta Que Leio Isto” é um grupo de leitura promovido pela MadreMedia e por Elisa Baltazar, co-fundadora do projeto de escrita “O Primeiro Capítulo”.

Lançado em maio de 2020, foi criado com o propósito de incentivar à leitura e à discussão à volta dos livros. Já folheámos as páginas de livros de autores como Luís Sepúlveda, George Orwell, José Saramago, Dulce Maria Cardoso, Harper Lee, Valter Hugo Mãe, Gabriel García Marquez, Vladimir Nabokov, Afonso Reis Cabral, Philip Roth, Chimamanda Ngozi Adichie, Jonathan Franzen, Isabel Lucas, Milan Kundera, Joan Didion, Eça de Queiroz e Patricia Highsmith, sempre com a presença de convidados especiais que nos ajudam à discussão, interpretação, troca de ideias e, sobretudo, proporcionam boas conversas.

Ao longo da história do nosso clube, já tivemos o privilégio de contar nomes como Teolinda Gersão, Afonso Cruz, Tânia Ganho, Filipe Melo e Juan Cavia, Kalaf Epalanga, Maria do Rosário Pedreira, Inês Maria Meneses, José Luís Peixoto, João Tordo e Álvaro Laborinho Lúcio, que falaram sobre as suas ou outras obras.

Para além dos encontros mensais para discussão de obras literárias, o clube conta com um grupo no Facebook, com mais de 2500 membros, que visa fomentar a troca de ideias à volta dos livros, dos seus autores e da escrita e histórias que nos apaixonam.

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No que diz respeito ao público, os convidados infelizes provocavam geralmente empatia; os felizes, admiração (e talvez uma pontada de inveja melancólica). E depois havia uma terceira categoria de convidados, de quem o público não sabia o que pensar, mas que o inspirava genuinamente: pessoas que tinham todas as razões para serem infelizes e, contudo, não o eram. Os copos meio cheios, que veem o lado bom, os males que vêm por bem, que fazem as proverbiais limonadas. Os Mattie Stepaneks, que é como passei a pensar neles; Mattie Stepanek era um menino que tinha uma forma rara e fatal de distrofia muscular, chamada miopatia mitocondrial disautonómica, mas conseguia encontrar paz em todas as coisas e brincar depois de cada tempestade.

Escreveu poemas encantadores, era sábio muito para além da sua idade e foi o primeiro convidado de quem me tornei amiga, fora do programa. Costumava chamar‑lhe «o meu rapaz anjo».

Como podia um menino com uma doença fatal ser tão feliz como o Mattie era? E o mesmo se passava com uma mãe, cheia de paz, propósito e alegria, enquanto se preparava para morrer, gravando centenas de cassetes para a filha de seis anos sobre como viver. E a mulher zimbabueana que se casou aos onze anos e foi espancada diariamente mas, em vez de ceder ao desespero, manteve a esperança, estabeleceu objetivos secretos e acabou por alcançá‑los, incluindo fazer um doutoramento.

Como é que estas pessoas conseguiam sair da cama de manhã, quanto mais ser tamanhos raios de luz? Como faziam? Nasceram assim? Haveria um segredo ou um padrão de desenvolvimento que o resto do mundo deveria conhecer? Porque acreditem, se existisse tal coisa, o mundo haveria, sem dúvida, de querer saber. Nos meus vinte e cinco anos de programa, se houve coisa que quase todas as pessoas, em todos os públicos, tinham em comum, era o desejo de ser feliz. Tal como disse antes, depois de cada programa, conversava sempre com o público e perguntava‑lhes o que mais queriam na vida. Ser feliz, diziam.

Só que, como também já disse antes, quando perguntava o que era a felicidade, de repente as pessoas já não tinham a
certeza. Começavam a balbuciar e acabavam por dizer «perder x quilos» ou «ter dinheiro suficiente para pagar as contas» ou «os meus filhos, eu só quero que os meus filhos sejam felizes».

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Livro: “Construa a Vida que Quer”

Autor: Teresa Veiga

Editora: Casa das Letras

Data de Lançamento: 3 de janeiro de 2024

Preço: € 18,90

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Portanto, tinham objetivos, ou desejos, mas não conseguiam formular o que era para eles a felicidade. Raramente alguém tinha uma resposta concreta.

Este livro tem a resposta, porque Arthur Brooks estudou, pesquisou e viveu a resposta. Deparei‑me pela primeira vez com o Arthur através da sua coluna na revista The Atlantic, «How to Build a Life», «Como Construir uma Vida». Comecei a lê‑la durante a pandemia e rapidamente se tornou algo pelo qual ansiava todas as semanas, porque era sobre tudo aquilo que sempre me importou mais: viver uma vida com propósito e significado.Então li o seu livro From Strength to Strength, um guia notável para se ser mais feliz à medida que se envelhece. Este homem estava a cantar a minha canção.

Estava claro que tinha de falar com ele. E quando o fiz, percebi imediatamente que, se ainda estivesse a fazer The Oprah Winfrey Show, estaria sempre a chamá‑lo – ele tinha algo de relevante e revelador que contribuía para quase todos os temas que discutimos. O Arthur emana um tipo de confiança e certeza sobre o significado da felicidade que é ao mesmo tempo reconfortante e galvanizante. Tem a capacidade de falar, tanto de forma geral como de forma específica, sobre as mesmas coisas de que eu falo há anos: como se transformar no seu melhor «eu», como se tornar um ser humano melhor.

Portanto, eu soube, desde o início, que, de alguma maneira, acabaria por trabalhar com ele. Este livro é essa maneira.