Falecido nesta terça-feira (18), aos 77 anos, o ex-presidente do Coritiba Edison Mauad deixa um legado de dedicação ao clube do coração.
Confira abaixo depoimentos de ex-presidentes, jogadores e personalidades do Coxa sobre o histórico dirigente alviverde.
Alex (ex-jogador e genro)
“Só tenho que agradecê-lo. Foi meu presidente, sogro, avô dos meus filhos, meu amigo. Apenas meu muito obrigado”.
Joel Malucelli (ex-presidente)
“Muito triste, meus dois companheiros do triunvirato se foram [Edison Mauad e Sergio Prosdócimo]. Espero que Deus o tenham. Mauad, um exímio conhecedor do futebol, comandava um departamento de futebol como ninguém, respeitava nosso orçamento e descobria talentos como ninguém. Que perda enorme para todos. Sua família ajudou na construção do estádio, sempre incentivados pelo Edison. Bons tempos com. Edison Mauad que não voltaão mais. Estou muito triste e que Deus conforte a família.
João Jacob Mehl (ex-presidente)
É uma tristeza. Perdemos o Edison Mauad, conhecido por fazer parte do Triunvirato, a “Tropa do Cheque”, que assumiu o Coritiba. O Edison, o Joel e o Sergio, ajudados pelo Chico Araújo, pelo José Augusto Arruda e tantos outros, mas esses três foram importantíssimos em determinado momento para o Coritiba, que não podia jogar em Paranaguá porque os cheques que haviam dados aos jogadores não estavam cobertos.
Mas diria que o Edison, pela família Mauad, liderada por ele, tem uma história muito maior dentro do Coritiba. As curvas do estádio foram construídos pela família Mauad. Se dispuseram a receber depois, pingado, em troca de cadeiras do estádio, que na verdade têm um custo de manutenção. Na época, pelo que lembro, ele recebeu 200 cadeiras.
Ele tem uma história muito grande, muita importante. Poucas pessoas se disporiam a fazer um investimento daquele porte para um clube, sem perspectiva de receber. O Coritiba deve muito à família Mauad. Tenho repetido que o Coritiba não respeita muito a história das pessoas que fizeram pelo Coxa. Este é um dos esquecidos que fizeram muito pelo nosso Coritiba Foot Ball Club.
Vilson Ribeiro de Andrade (ex-presidente)
“Hoje o Couto Pereira amanheceu triste, faleceu nosso querido amigo Edison Mauad. Eu tive o privilégio de conviver com o Edison quando então presidente. Eu estava na diretoria com ele. Uma pessoa dedicadíssima ao Coritiba. Sem falar na construção das curvas que a família Mauad, sempre comandada pelo Edison, fem em prol do Coritiba. É um dia muito triste, uma ausência inaceitável sob o ponto de vista da relação humana que tínhamos, da amizade, mas compreensível a respeito dos desígnios de Deus. O Edison nos deixa, mas seus legados ficarão eternamente da história, não só do Coritiba, mas de sua família. E principalmente pelo grande amor que ele sempre teve pelo Coritiba Foot Ball Club. Vai em paz, meu amigo Mauad”.
Rogério Bacellar Portugal (ex-presidente)
“O Edison Mauad foi muito importante para o Coritiba, tanto como torcedor, como presidente, como dirigente. Como empresário da construção civil, ele se propôs a fazer boa parte do Couto Pereira e ficou como credor. Além disso, ele se doou para o Coritiba com toda garra, amor e carinho que ele tinha pelo clube e por tudo que o clube representa para todos nós. A passagem dele tem que ser lembrada sempre, pois foi um batalhador.“
Juarez Moraes e Silva (ex-presidente)
“Edison Mauad foi certamente um dos mais importantes personagens na história do Coritiba. Presidente por duas oportunidades, deixando sua importante contribuição. Em 1981 e depois em 1995/96. As obras do atual Centro de Treinamento iniciaram sob sua gestão. A Nação Coxa Branca está em luto”.
Capitão Hidalgo (ex-jogador e cronista)
“Convivi com ele nos bons tempos do Coxa na década de 1970, quando o conheci como diretor de futebol. Bem jovem, tinha um bom relacionamento com o elenco, aliás, todos gostavam muito dele pela maneira simples, diria simpática no trato.
A empresa Irmãos Mauad apoiou imensamente, contribuiu na construção dos fundos das metas. Quando chegou, em 1980, à presidência do clube, quantas não foram as vezes em que Edison tirou dinheiro do bolso para pagar impostos e outras coisas mais.
E por que não dizer da revolução com a criação do Triunvirato, que proporcionou a subida para a Série A depois seis anos de amargura e agonia na Segunda Divisão. Ele colaborou comigo e o Lombardi Júnior também na criação da equipe Positiva da Rádio Universo Clube Paranaense.
Em 1995, quando dispensou o Carpegiani em Mogi Mirim, me telefonou para pensar em qual profissional poderia vir. Foi quando aceitou o nome que havia lhe dado, Lori Sandri. Por coincidência, Lori esteve ao meu lado e de Carneiro Neto dias antes em Buenos Aires para comentar um amistoso da seleção brasileira. É um momento triste e ficam minhas condolências à família. Edison Mauad foi um personagem importante na vida do Alviverde.
Serginho Prestes (ex-jogador)
“Edison Mauad é um dos grandes coxas-brancas da história, com certeza. Eu tive o prazer e a honra de trabalhar diretamente com ele em 1994, na minha segunda passagem pelo Coritiba, ele era o mandatário do futebol. Tivemos uma relação muito próxima, muito boa. Um ser humano muito simples, muito carinhoso, muito amigo. E de uma visão, de uma experiência empresarial incrível. Uma visão administrativa fantástica e um abnegado pelo clube. Deixa seu nome marcado no esporte paranaense, não somente para os coxas-brancas, mas para todos que amam o esporte, a seriedade e a correção da pessoa, do ser humano. Deixou seu nome marcado para sempre na história do nosso esporte”.
Gralak (ex-jogador)
“Ele foi meu padrinho de casamento. Era um cara muito gente boa, sempre pronto para escutar os jogadores. Quando tinha rachão, ele disputava junto conosco. Uma vez ele trombou com o Vital no treino e chegou a machucar o nariz. Era um cara que estava sempre junto. Ele foi muito importante no nosso acesso”.
Ademir Alcântara (ex-jogador)
“Sempre tivemos uma relação muito boa. Ele era um dirigente muito sábio, sempre procurava conciliar os lados do clube e dos jogadores. Era muito humano. Ele sempre procurava deixar os atletas tranquilos para jogar. Que ele descanse em paz. Ele deixou um legado muito grande para o Coritiba”.
Carneiro Neto (cronista)
“O Edison Mauad foi uma pessoa importante na história do Coritiba. Dirigente de futebol, presidente, participou do grupo de recuperação do clube em 1995, junto com o Joel e o Sérgio. E a família, os irmãos dele eram conselheiros, ajudou muito o Coritiba na época do Evangelino Neves, inclusive construindo parte do Estádio Couto Pereira. É uma história muito rica, muito ligada ao clube. Depois, por circunstâncias, ele tornou-se sogro do Alex, uma revelação do clube. Eu estive em muitos momentos com o Edison e com os seus irmãos, na empresa e no próprio Coritiba. Uma perda lamentável”.