A Electronic Arts, empresa que produz games, não deverá ter durante o ano as reservas financeiras estimadas por especialistas da Wall Street. A empresa já prevê valores abaixo do que era esperado antes, conforme informa a Reuters.
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Uma das razões que explica as reservas menores é o momento em que a indústria de jogos atravessa, onde se vê, em alguns mercados, consumidores segurarem os gastos com games.
As ações da empresa caíram 2,5% nas negociações estendidas. A EA também autorizou um novo plano de recompra de ações de três anos, totalizando US$ 5 bilhões.
“A emissão de recompras ajudará a compensar parte do sentimento negativo no curto prazo, mas os editores de jogos devem trabalhar para uma recuperação assim que a próxima geração de consoles se apresentar”, disse Joost Van Dreunen, professor da Stern School of Business da NYU.
Queda no consumo de games preocupa empresas do setor
- As previsões da EA são mais um indício de como a indústria dos games está sofrendo com o fato de que consumidores desse mercado estão comprando menos.
- Grandes empresas, incluindo a japonesa Sony e a fabricante de “Grand Theft Auto”, Take-Two Interactive, já cortam custos agressivamente nos últimos meses para combater a incerteza econômica e a queda na procura de jogos.
- No caso da EA, houve uma redução na força de trabalho da companhia em 5% em fevereiro, como parte de um plano de reestruturação, que inclui uma redução no espaço de escritórios.
A previsão para o ano fiscal de 2025 é de reservas que podem ficar na faixa de US$ 7,30 bilhões a US$ 7,70 bilhões, um valor menor do que os US$ 7,76 bilhões estimados por analistas financeiros do LSEG.
As vendas da EA no último trimestre do ano passado ficaram em US$ 1,67 bilhão, enquanto o estimado é que o faturamento chegasse a US$ 1,77 bilhão. Especialistas acreditam que o crescimento pode ser retomado a longo prazo com o lançamento de novos títulos populares, como Star Wars.