Este especialista é quem acompanha o pré-natal, realizando exames clínicos e solicitando exames complementares. Também é responsável por auxiliar a mulher no momento do parto
Acompanhamento é a palavra que define o papel do médico obstetra, profissão celebrada nacionalmente nesta sexta-feira, 12 de abril. É o profissional quem assiste a gravidez desde o começo e se dedica à missão de assistir o nascimento de novos cidadãos. No total, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) conta com 443 médicos ginecologistas e obstetras em sua rede. A diretora de Atenção à Saúde do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), ginecologista obstetra Andréia Araújo, aponta que a ocupação também é sinônimo de cuidado e atenção, pois está nas mãos do profissional o bem-estar da gestante e do bebê. Assim, acompanha todo o pré-natal, realizando exames clínicos e solicitando exames complementares e é responsável por auxiliar a mulher no momento do parto.
“O obstetra encaminha para que a gestação chegue no tempo correto e da forma mais saudável possível. O profissional também se atenta às avaliações das complicações da gestação como pré-eclâmpsia e diabetes gestacional, além de indicar reposição de vitaminas, vacinas e orientar sobre trabalho de parto”, explica.
“É uma profissão muito importante. Eles atendem superbem, tiram todas as dúvidas e me sinto satisfeita porque eles têm uma atenção grande com a gente. Pedem todos os exames, o acompanhamento é maravilhoso e diferenciado para cada tipo de situação. Isso é essencial”, destaca a paciente Mayara Domingos Silva, 31 anos, operadora de teleatendimento, moradora de Sobradinho, grávida de seis meses à espera de Antony. Ela faz acompanhamento no Hmib desde o terceiro mês por conta da gravidez de alto risco. Com esclerose múltipla, apresentou pré-eclâmpsia.
A médica ginecologista e obstetra da unidade, Carolina Genaro Pultrin, atua há 19 anos na área. Ela reforça a atuação do médico na redução da mortalidade materna e do bebê, além de facilitar a ligação entre ambos e incentivar a amamentação. O Hmib realiza de 200 a 300 partos por mês.
“Tem algo muito importante na mão do obstetra que é o bem-estar da mãe, do bebê e da família que está por trás. Ao ser obstetra não cuidamos só de uma vida. Estamos ajudando a formar uma família. É algo muito gratificante, desde quando ainda não se vê o bebê, mas sabe que existe uma vida ali, até a hora em que o colocamos no colo do pai e da mãe. Ser obstetra é desafiador, mas é fabuloso”, relata.
Em 2023, os estabelecimentos que compõem a rede SES realizaram 31.747 partos, uma média mensal de 2.645 partos. Entre os que realizaram mais nascimentos estão o HRC, HRSM, HRSAM, HRG e o HRT.
A subsecretária de Atenção Integral à Saúde (SAIS), ginecologista e obstetra Lara Nunes de Freitas Correa reforça o papel essencial do médico: “A data é uma oportunidade para reconhecermos e valorizarmos o papel vital que esses profissionais desempenham na saúde materna e infantil com sua dedicação e expertise”.
Para garantir maior agilidade nos atendimentos, os hospitais da SES-DF receberam reforço de novos profissionais de medicina. Em janeiro, foram convocados 23 profissionais, aprovados no concurso realizado em março de 2022. Entre eles, médicos da área de ginecologia e obstetrícia.
Enfermeiros obstetras
Neste 12 de abril, também é comemorado o Dia Nacional do Enfermeiro Obstetra. Os centros obstétricos da Secretaria e a Casa de Parto de São Sebastião contam com 172 enfermeiros obstetras. Especializados por meio de residência ou de programa de pós-graduação, são responsáveis pelos partos normais de pacientes de baixo risco (o chamado risco habitual) e garantem as boas práticas durante todo o processo. Em 2023, eles foram responsáveis por auxiliar no parto de 5.984 bebês.
Revitalizações
No ano passado, centros obstétricos da SES-DF passaram por melhorias. Em setembro, o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), por exemplo, passou por uma reorganização das salas de pré-parto e pós-parto, triagem e consultórios, com revitalização de pisos, paredes, teto e móveis. Também foi ampliada a rede de gases, com oxigênio, vácuo e ar comprimido, fundamental para os casos de mais complexidade.
Em outubro, o centro obstétrico do Hospital Regional de Planaltina (HRPl) recebeu uma nova sala para aplicação de medicamentos exclusiva às grávidas, além dos leitos com espaço para acompanhante e banheiros exclusivos às pacientes. Também houve adequações em três salas cirúrgicas, oito leitos de recuperação pós-anestésica e na sala de cuidados com recém-nascidos.
A SES-DF conta com 10 centros obstétricos: O HRL (Hospital da Região Leste), HRPL (Hospital Regional de Planaltina), HRS (Hospital Regional de Sobradinho), HRAN (Hospital Regional da Asa norte), HMIB (Hospital Materno Infantil de Brasília), HRC (Hospital Regional de Ceilândia), HRT (Hospital Regional de Taguatinga), HRSam (Hospital Regional de Samambaia), HRBz (Hospital Regional de Brazlândia) e o HRG (Hospital Regional do Gama).