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Dia Mundial do Cérebro: os alimentos que fazem bem (e mal) à saúde cerebral

O cérebro é o centro de controle do nosso corpo, responsável por tudo, desde nossos pensamentos e emoções até os movimentos e funções vitais. Para funcionar de maneira otimizada, o cérebro depende de uma nutrição adequada.

Estudos mostram que o que comemos pode afetar diretamente a estrutura e a função do cérebro, o que pode influenciar desde a memória e o humor até a capacidade cognitiva e a resistência às doenças neurodegenerativas.

Alimentos ricos em antioxidantes, vitaminas, minerais e ácidos graxos essenciais são particularmente benéficos para a saúde do cérebro. Por exemplo, frutas e vegetais coloridos são carregados de antioxidantes que combatem o estresse oxidativo, um fator contribuinte para o envelhecimento cerebral.

Imagem: Alexander Supertramp/Shutterstock

Ácidos graxos ômega-3, encontrados em peixes gordurosos como salmão, sementes de chia e nozes, são essenciais para a formação de novas conexões neurais e a proteção contra a inflamação cerebral.

Além disso, alimentos ricos em vitaminas do complexo B como grãos integrais, ovos e legumes são vitais para a produção de neurotransmissores, sendo os mensageiros químicos do cérebro. A vitamina E, presente em abacates e nozes, atua como um potente antioxidante, protegendo as células cerebrais contra danos.

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A hidratação também não pode ser esquecida: água é essencial para todas as funções corporais, incluindo o funcionamento adequado do cérebro. A desidratação pode levar a dificuldades de concentração, memória prejudicada e aumento do estresse.

Não podemos deixar de mencionar a importância de evitar alimentos processados e ricos em açúcares e gorduras trans, associados a um risco maior de declínio cognitivo e doenças como o Alzheimer.

Quais alimentos são saudáveis para o cérebro?

Com o Dia Mundial do Cérebro sendo celebrado nesta segunda-feira (22), a nutricionista clínica Thays Pomini lembrou alguns alimentos conhecidos por seus benefícios para a memória e a saúde cerebral. São eles:

  • Peixes: salmão, truta, sardinha e cavala são ricos em ácidos graxos ômega-3, essenciais para a formação e manutenção das células cerebrais. O ômega-3 também está ligado à redução do risco de declínio cognitivo e Alzheimer;
  • Frutas vermelhas: morangos, mirtilos, amoras e framboesas são ricos em antioxidantes, especialmente flavonoides, que podem melhorar a comunicação entre as células cerebrais, protegendo-as contra o estresse oxidativo e a inflamação;
  • Nozes e sementes: Nozes, amêndoas, avelãs, sementes de chia e linhaça contêm vitamina E, antioxidantes e ácidos graxos ômega-3, todos benéficos para a função cognitiva e a memória;
  • Ovos: Contêm colina, um nutriente essencial para a produção de acetilcolina, um neurotransmissor que ajuda a regular o humor e a memória. Além disso, os ovos são ricos em vitaminas B6 e B12, importantes para a função cerebral;
  • Abacate: Fonte de gorduras monoinsaturadas, que promovem o fluxo sanguíneo adequado e, portanto, um cérebro saudável. O abacate também é rico em vitamina K e folato, que ajudam a prevenir coágulos sanguíneos no cérebro e melhoram a função cognitiva;
  • Chá verde: Contém cafeína e L-teanina, que podem melhorar o desempenho cerebral. A combinação desses compostos pode ajudar a melhorar a função cerebral, aumentar a atenção, melhorar a memória.
(Imagem: Elif Bayraktar/Shutterstock)

Alguns alimentos podem ter também efeitos prejudiciais à saúde do cérebro, especialmente se consumidos em excesso ou regularmente”, advertiu a especialista, citando alguns exemplos:

  • Alimentos ricos em açúcares refinados: excesso de açúcar pode levar a picos e quedas nos níveis de glicose no sangue, resultando em energia instável e impacto negativo na função cognitiva;
  • Gorduras trans e saturadas: encontrados em alimentos processados, fast food, frituras, podem causar inflamação e aumentar o risco de doenças cardiovasculares, que também afetam a saúde do cérebro. “As gorduras saturadas, presentes em carnes gordurosas, podem contribuir para o acúmulo de placas nas artérias, restringindo o fluxo sanguíneo ao cérebro e aumentando o risco de demência”, alerta; 
  • Alimentos ultraprocessados: produtos alimentícios altamente processados como salgadinhos, biscoitos, refrigerantes e refeições prontas, geralmente contêm aditivos, conservantes e uma baixa densidade nutricional. O consumo frequente desses alimentos está associado a um maior risco de inflamação e declínio cognitivo;
  • Álcool: o consumo excessivo de álcool pode causar danos cerebrais, levando à redução do volume cerebral, problemas de memória. Mesmo o consumo moderado de álcool pode interferir na função cognitiva e no sono, ambos essenciais para a saúde do cérebro;
  • Alimentos ricos em sódio: dietas com alto teor de sódio, comuns em alimentos processados e fast food, podem aumentar a pressão arterial, podendo, por sua vez, prejudicar a saúde do cérebro. Hipertensão crônica está associada a um risco maior de acidentes vasculares cerebrais e declínio cognitivo.

Para proteger a saúde do cérebro, é importante focar em uma dieta rica em alimentos integrais e nutritivos como frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis. Limitar o consumo de alimentos processados, ricos em açúcar e gorduras trans pode ajudar a manter a função cognitiva e promover a saúde cerebral ao longo da vida.