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Endrick herda a 9 do Fenômeno em Curitiba

À espera de mais espaço com Dorival Júnior, Endrick será o dono da camisa 9 da seleção brasileira mais uma vez. Há 21 anos, quando o jovem não era nem nascido, era Ronaldo Fenômeno que pisava em Curitiba para representar a equipe nacional no último jogo da canarinha na capital paranaense.

Com duas conquistas de Copa do Mundo na bagagem, títulos de melhor jogador do mundo, vencedor duas vezes da Bola de Ouro, além de uma trajetória brilhante na Europa, citando apenas alguns dos feitos do craque, Ronaldo já esbanjava a experiência de uma carreira consolidada quando apareceu no Pinheirão, em novembro de 2003, para segurar o empate do Brasil com o Uruguai, por 3 a 3.

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Apesar de hoje defender o mesmo time que Fenômeno estava na época, o Real Madrid, Endrick ainda procura seu espaço na seleção brasileira. Diferentemente de Ronaldo, que veio para Curitiba já com 27 anos, o ex-Palmeiras ainda começa a sua carreira na Europa e dá os primeiros passos da trajetória na seleção.

Aos 18 anos, completos há menos de dois meses, o jogador vestirá a 9 pela segunda vez com Dorival Júnior e pode ser o centroavante titular na partida contra o Equador, nesta sexta-feira (6), no Couto Pereira.

Endrick busca espaço com Dorival; atacante tem concorrência na posição

Desde que Dorival assumiu o comando da seleção, em janeiro deste ano, o técnico escalou Endrick como titular apenas uma vez. Questionado por deixar o craque no banco, o treinador falou em adotar cautela com o jovem atleta e, no amistoso com os Estados Unidos, que antecedeu a Copa América, afirmou em entrevista que um “erro pode ser fatal”.

A única partida em que o atacante do Real Madrid foi titular na canarinha foi contra o Uruguai, na Copa América, quando o Brasil foi eliminado nos pênaltis. Como reserva, entrou em outros nove jogos e marcou três gols.

Não é deste ciclo que a posição de centroavante não é mais unanimidade na seleção. Agora, Dorival também tem a opção de utilizar Pedro, do Flamengo, na posição. O jogador voltou a aparecer em uma lista da seleção depois de mais de um ano — ele havia sido um dos convocados por Tite na fracassada busca pelo hexa no Catar, em 2022.

O artilheiro do futebol brasileiro nesta temporada falou mais sobre a concorrência com Endrick e o peso de representar a posição que tem sido carente na seleção.

“Meu foco principal é escrever meu nome na seleção brasileira, fazendo gols e dando meu melhor dentro de campo. Espero poder contribuir com a expectativa e tudo o que é gerado em cima da posição de centroavante da seleção”, disse Pedro, em coletiva de imprensa. 

“Concorrência sempre vai ter, se tratando de seleção brasileira. E a concorrência não é só no ataque. Mas é bom para a seleção ter grandes nomes para ocupar o cargo em campo”, disse.

“O Endrick é um jogador de quem não preciso falar nada, todos já conhecem. Tem qualidade muito grande, é letal no ataque, tem finalização muito poderosa. Tenho certeza que juntos vamos aprender e crescer um com o outro”, completou.

Em 2003, Ronaldo fez único jogo oficial pela seleção no Paraná

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Capa da Gazeta do Povo na última vez em que a seleção esteve em Curitiba, em 2003.

O mês era novembro e a seleção desembarcava em Curitiba para mais uma rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2006. Um ano antes, o Brasil havia sido pentacampeão do Mundo.

A Gazeta do Povo noticiava: “O jogo dos sonhos. O primeiro do fenômeno Ronaldo no Paraná”, em uma edição do jornal, que ainda circulava impresso, na semana da partida. 

Mais do que consolidado no futebol, o nove, no entanto, já sofria críticas e pressão que o perseguiram até o fim da carreira. Nas manchetes, o peso do atleta já era colocado em pauta de forma excessiva e cercada de estigmas.

Ronaldo, inclusive, falou sobre as críticas ao seu condicionamento físico em entrevista coletiva no Pinheirão, antes daquele jogo. “Adoro essa pressão, faz parte da minha vida. Não estou gordo e isso já foi confirmado pelos médicos do Real Madrid”, disse, na época.

Em último jogo da seleção em Curitiba, Ronaldo marcou gol de número 50

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Gol 50 atormentava Ronaldo em 2003, conforme destacava a Gazeta do Povo.

Com um ataque titular formado por Kaká, Rivaldo e Ronaldo, o centroavante foi quem tentou reagir na partida contra o Uruguai, com dois gols que chegaram a colocar o Brasil na frente, mas a Celeste marcou o terceiro para levar o empate em solo brasileiro.

Naquele jogo, o atleta fez o gol de número 50 pela canarinha, marca que, na época, ansiava alcançar. “Pensar nisso me causa nervosismo e isso pode atrapalhar na hora de decidir”, afirmou em uma entrevista naquele ano.

No fim, o craque marcou duas vezes no Pinheirão e a torcida curitibana pôde comemorar em dobro a atuação de um dos maiores da história.

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Fenômeno comprovou faro artilheiro e atingiu marca histórica.
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