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Entenda o que é neuralgia do trigêmeo, que faz brasileira buscar eutanásia

A brasileira Carolina Arruda, de 27 anos, está em busca de um fim para sua dor insuportável através da eutanásia. Ela é portadora de uma condição conhecida como neuralgia do trigêmeo, sendo frequentemente descrita como a “dor mais intensa que um ser humano pode experimentar”. A jovem convive com a doença há mais de uma década e compara a dor a choques elétricos e facadas. A seguir, entenda o que é a neuralgia do trigêmeo e o que pode desencadear a doença.

O que é neuralgia do trigêmeo

A neuralgia do trigêmeo é uma doença que se manifesta devido a uma anormalidade no nervo trigêmeo, um dos maiores nervos do corpo. Este nervo, que se divide em três ramos, é responsável pelas sensações que sentimos no rosto:

  • o ramo oftálmico;
  • o ramo maxilar, que sobe pelo maxilar superior;
  • o ramo mandibular, que desce pela mandíbula ou maxilar inferior.

Trata-se de um servo sensitivo, que controla sensações no rosto e, por isso, também pode ser a causa da “pior dor que um ser humano pode sentir”, como é frequentemente descrita a condição neuralgia do trigêmeo.

A doença neuralgia do trigêmeo pode ser desencadeada quando as artérias entram em contato com o nervo ou devido a um tumor na região.

Neuralgia do trigêmeo
Neuralgia do trigêmeo (Imagem: Shutterstock)

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Apesar de estar sob medicação constante com morfina e canabidiol (um extrato medicinal da cannabis), Carolina relata que a dor intensa da neuralgia do trigêmeo persiste. Por isso, ela decidiu buscar a eutanásia na Suíça, onde a prática é legalizada.

A dor provocada pela neuralgia do trigêmeo é tão intensa que pode ser desencadeada por atividades cotidianas, como falar, mastigar, tocar o rosto durante a escovação dos dentes ou barbear, e até mesmo pela brisa do vento. A dor é tão incapacitante que impede a realização de tarefas simples do dia a dia.

Carolina já se submeteu a três cirurgias na tentativa de corrigir a anormalidade no nervo trigêmeo e evitar que as veias e artérias entrem em contato com ele. No entanto, mesmo após as cirurgias, as crises de dor continuam.