Desde o final de abril deste ano, Agência Antidrogas dos EUA já indica que planeja aliviar as restrições federais para a cannabis, substância encontrada na maconha, mas que pode ser usada medicinalmente em alguns tratamentos. As informações são do site Science Alert.
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A reclassificação da cannabis levaria a substância que hoje é considerado um medicamento da “Tabela I” para o “Anexo III”, menos restrito, que inclui medicamentos como Tylenol com codeína, testosterona e outros esteróides anabolizantes.
A alteração dessa classificação seria um marco importante na história da agência, que passa a dar o que seria até então um inédito reconhecimento ao valor medicinal promissor da cannabis.
Junto dessa mudança, há um interesse do órgão em flexibilizar também o uso da psilocibina, o componente ativo dos cogumelos alucinógenos, para o tratamento da depressão, dor crônica e outras condições.
Em 2018 e 2019, a Food and Drug Administration dos EUA concedeu uma designação de terapia inovadora à psilocibina, destinada a acelerar o desenvolvimento de medicamentos.
Estudos preliminares sugerem que a substância pode ter um valor terapêutico substancial em relação às terapias atualmente disponíveis para tratar a depressão. Historicamente criminalizadas, substâncias como a cannabis e psilocibina tiveram por muitos anos atrasados os esforços de investigação e pesquisa sobre o seu potencial terapêutico.
- Medicamentos à base de cannabis têm sido usados há pelo menos 5.000 anos para aplicações como artrite e controle da dor durante e após cirurgias.
- Na contemporaneidade, seu uso se expandiu para tratar perturbações convulsivas, promovendo o ganho de peso em pacientes com AIDS ou tratando náuseas durante quimioterapias.
- Além disso, é quase nulo o número que se conhece de overdoses letais de cannabis, enquanto medicamentos para dor como opióides contribuíram para centenas de milhares de mortes por overdose nas últimas décadas.