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EUA querem proibir softwares e hardwares chineses em veículos

O governo dos Estados Unidos deve anunciar novas sanções contra a China. Desta vez, o alvo da Casa Branca são os software e hardware chineses utilizados em veículos conectados e autônomos nas estradas norte-americanas.

Casa Branca diz que equipamentos ameaçam a segurança nacional

De acordo com reportagem da Reuters, os EUA devem proibir o uso destes equipamentos devido a preocupações com a segurança nacional. A expectativa é que a decisão seja anunciada pelo Departamento de Comércio norte-americano nos próximos dias, segundo fontes ligadas à Casa Branca e que preferir não ser identificadas.

O governo de Joe Biden tem levando uma série de denúncias em relação ao processo de coleta de dados por empresas chinesas sobre motoristas e infraestrutura dos EUA, bem como a potencial manipulação estrangeira de veículos conectados à internet e sistemas de navegação.

Tecnologia chinesa é considerada grande risco, segundo os EUA (Imagem feita com inteligência Artificial. Alessandro Di Lorenzo/Olhar Digital/DALL-E)

O próprio presidente já afirmou que “as políticas da China podem inundar o mercado dos EUA com seus veículos, representando riscos à segurança nacional”. Segundo órgãos fiscalizadores do país, estes dispositivos poderiam enviar dados sensíveis para Pequim.

A regulamentação proposta proibiria a importação e a venda de veículos da China com softwares ou hardwares de sistema de direção automatizado. Isso valeria para todos os carros a partir do ano modelo de 2027.

Ainda de acordo com a reportagem, as proibições também valeriam para tecnologias de outros países considerados ameaças, caso da Rússia, por exemplo.

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Relações entre EUA e China estão cada vez piores (Imagem: Animation Mama/Shutterstock)

Novas regras fazem parte da disputa entre EUA e China pela hegemonia global

  • Nos últimos dias, a Casa Branca impôs aumentos acentuados nas tarifas sobre as importações chinesas, incluindo um imposto de 100% sobre veículos elétricos, bem como novos aumentos nas baterias e minerais importantes.
  • O Departamento de Comércio dos EUA não se pronunciou oficialmente sobre a possibilidade de aplicação de novas sanções.
  • Já o governo chinês alega que as decisões recentes dos norte-americanos são protecionistas e prejudiciais à economia mundial.