O modelo de IA Health Acoustic Representations (HeAR), lançado em março pelo Google, está sendo usado por uma equipe de pesquisadores na Índia para “ouvir” e detectar quadros de doenças respiratórias, como tuberculose e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
Entenda:
- O Health Acoustic Representations (HeAR), modelo de IA do Google, vem ajudando a detectar doenças respiratórias pela tosse na Índia;
- O HeAR está sendo usado pela Salcit Technologies para aprimorar a plataforma de IA Swaasa, que “ouve” e analisa sons de tosse para avaliar a saúde pulmonar;
- Além da tosse, aspectos acústicos da fala também podem ajudar a revelar outros quadros de saúde;
- A tecnologia pode revolucionar o tratamento de doenças como tuberculose e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
“A equipe de pesquisa do Google treinou o HeAR com 300 milhões de dados de áudio selecionados de um conjunto diverso e não identificado, e treinamos o modelo de tosse em particular usando cerca de 100 milhões de sons de tosse”, explica a empresa em um artigo sobre a aplicação do modelo.
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A indiana Salcit Technologies viu no modelo do Google uma oportunidade para aprimorar sua plataforma de IA, a Swaasa, que analisa sons de tosse e avalia a saúde pulmonar. “A empresa está explorando como o HeAR pode ajudar a expandir as capacidades de seus modelos de IA bioacústica”, escreve Shravya Shetty, Diretora de Engenharia de Pesquisa do Google, no artigo.
Em um artigo publicado no arXiv, pesquisadores do Centro de Pesquisa de Doenças Infecciosas na Zâmbia e do Google Research explicam que, além da tosse, aspectos acústicos da fala de um indivíduo também podem ser analisados com IA para ajudar a revelar outros quadros de saúde – como a demência.
“O HeAR representa um passo significativo à frente na pesquisa de saúde acústica. Esperamos avançar no desenvolvimento de futuras ferramentas de diagnóstico e soluções de monitoramento em tuberculose, tórax, pulmão e outras áreas de doenças, e ajudar a melhorar os resultados de saúde para comunidades ao redor do mundo por meio de nossa pesquisa”, diz Shetty.