Cerca de 23 mil pessoas são diagnosticadas com câncer de próstata por ano no Brasil e estes números estão aumentando entre os mais jovens. A causa, segundo os especialistas, é o crescimento de uma série de fatores de risco, como sedentarismo e tabagismo.
Os médicos ressaltam que identificar o câncer de próstata na fase inicial aumenta as chances de cura para mais de 90%. Por conta disso, Novembro Azul é o mês para a conscientização sobre a doença.
É fundamental realizar os exames de rotina
- De acordo com o médico assistente da Urologia Cirúrgica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, Maurício Cordeiro, os antecedentes familiares também são um fator de risco.
- Na média, a incidência do câncer de próstata é de um a cada seis homens.
- Já em caso de um parente de primeiro grau com a doença os números aumentam para dois a cada seis, e com dois parentes de primeiro grau as chances são de três a cada seis, ou seja, 50% dos homens.
- Por isso, é fundamental realizar os exames de rotina.
- Quanto mais no estágio inicial está o câncer, maior a chance de cura, podendo chegar a até 90%.
- Mas se o paciente esperar ter sintomas para procurar o urologista, ele já pode chegar com o diagnóstico de uma doença muito avançada.
- As informações são do Jornal da USP.
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Agilidade no tratamento contra a doença pode ser o diferencial entre a vida e a morte
Os principais sintomas da doença são: dificuldade extrema para urinar, dores ósseas, dores nos ossos da bacia, nos ossos da coluna, emagrecimento, insuficiência renal. Geralmente quando eles são sentidos, significa que o câncer está em um estágio mais avançado.
Para realizar o diagnóstico precoce é necessário realizar o exame de sangue e o de toque. A Sociedade Americana de Urologia define que acima dos 50 todos os homens têm que passar por eles.
No entanto, mesmo pacientes abaixo dos 40 anos de idade podem eventualmente desenvolver o câncer de próstata. Se ele tiver um antecedente familiar da doença, por exemplo, já é necessário realizar estes exames nesta idade.
O médico ainda alerta que, quando diagnosticado, é importante iniciar o tratamento com agilidade. O avanço da tecnologia permitiu que as formas de tratamento ficassem menos invasivas.
No passado, a gente fazia de uma forma convencional, que é uma cirurgia aberta. Depois, nós mudamos para uma cirurgia laparoscópica, onde a gente faz pequenas incisões e entram algumas pinças na cavidade abdominal. Hoje nós fazemos por via robótica. A cirurgia robótica permitiu para a gente uma cirurgia com menor sangramento, uma cirurgia com menos dor, menor tempo de internação hospitalar, menor tempo da necessidade de ficar com cateter.
Maurício Cordeiro, médico assistente da Urologia Cirúrgica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo,