Não é incomum levantar rápido e sentir tontura. Para idosos que fazem uso de remédios para pressão arterial, isso pode ser algo perigoso: a tontura é um dos efeitos colaterais e o uso dobra a incidência de fraturas ósseas como consequência das quedas. Outros problemas de saúde decorrentes do episódio também podem levar à morte precoce.
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Remédios para pressão vs. quedas e fraturas
Um novo estudo contou com a participação de quase 30 mil residentes de lares de idosos.
Os pesquisadores descobriram que os remédios usados para controlar pressão arterial induzem a tontura súbita, causada por uma queda na pressão. Com isso, pessoas já vulneráveis correm ainda mais risco de perda de equilíbrio e quedas, o que pode levar a fraturas graves.
Como o estudo foi feito
- Foram exatos 29.648 pacientes idosos que sofreram com quedas e fraturas ósseas no quadril, pelve, úmero, rádio ou ulna dentro de 30 dias após o início do medicamento que participaram da pesquisa;
- A análise mostrou que o risco de fratura no mês seguinte ao início do tratamento de pressão arterial foi de 5,4 a cada 100 pessoas por ano;
- Em comparação, entre os que não tomavam medicação para pressão o risco era apenas metade: 2,2 a cada 100 pessoas por ano;
- Ainda, cerca de 40% dos idosos que sofrem de uma fratura óssea no quadril morreram dentro de um ano.
Como proteger os idosos das quedas
Os pesquisadores do estudo, publicado no Journal of the American Medical Association, não descartam a importância dos medicamentos para pressão arterial.
No entanto, alertam para o equilíbrio no tratamento e na observação e apoio desses idosos, principalmente para evitar quedas e as possíveis fraturas. Isso, principalmente em um cenário em que 70% dos moradores das casas de repouso participantes tomam algum tipo de remédio para pressão.
Esses pacientes requerem observação cuidadosa, especialmente quando o tratamento começa, e isso não está acontecendo. Os cuidadores consideram os medicamentos para pressão arterial um risco muito baixo, e isso não é verdade nesta população de pacientes.
Chintan Dave, um dos autores do estudo