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Vencedor Prêmio Casa de las Américas e referência sobre temas relacionados à ancestralidade africana e os efeitos da escravidão no Brasil, “Um defeito de cor” já está indo para a sua trigésima edição. Foram 100 mil cópias desde o lançamento, mas o número vai aumentar significativamente com o carnaval. A edição mais antiga do romance chegou a esgotar duas vezes entre o desfile, na noite da segunda-feira (12), e a manhã desta terça-feira (13). O título sempre foi um sucesso de crítica e público, mas o desfile da Portela fez o épico de quase mil páginas furar a bolha e ser apresentado a um público mais amplo.
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Pautado em intensa pesquisa documental, o romance conta jornada de Kehinde, mulher negra que, aos oito anos, é sequestrada no Reino do Daomé, atual Benin, e trazida para ser escravizada na Ilha de Itaparica, na Bahia. Ela repassa as desventuras de sua vida de escrava até a sua alforria. A personagem foi inspirada em Luísa Mahin, que teria sido mãe do poeta Luís Gama e participado da célebre Revolta dos Malês, movimento liderado por escravizados muçulmanos a favor da Abolição.
Carnaval 2024: Veja fotos do desfile da Portela
Portela leva para Avenida a força da mulher negra com o enredo “Um defeito de cor”
– Desde o lançamento, “Um defeito de cor” tem vindo numa crescente, acompanhando uma mobilização maior do Brasil em torno das questões raciais, em busca da história não oficial de nosso país colonizado – lembra Lívia Vianna, editora-executiva do Grupo Editorial Record, que publica o livro no Brasil. – Ao longo do ano de 2023 foram muitas conversas com a Portela, Ana Maria Gonçalves se aproximou muito da Escola. Tivemos um evento de autógrafos na Quadra onde o livro esgotou.