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Mapa do cérebro humano está ficando pronto e pode revolucionar a ciência

A BRAIN Initiative Cell Atlas Network (BICAN) lançou seu primeiro grande conjunto de dados, um marco importante na missão de mapear o cérebro humano.

Esses dados, disponíveis no BICAN Rapid Release Inventory, incluem perfis de células e núcleos únicos de humanos, camundongos e outras 10 espécies de mamíferos. Os dados foram coletados de vários laboratórios do consórcio, incluindo o Allen Institute, e pretendem identificar e caracterizar tipos de células cerebrais.

Carol Thompson, do Allen Institute, afirmou: “Os dados estão fluindo e mais virão. Queremos incentivar o compartilhamento para maximizar o valor desses conjuntos e potencializar o investimento público em pesquisa”.

Entendendo melhor o nosso cérebro

  • O BICAN reúne neurocientistas, biólogos computacionais e engenheiros para criar um atlas completo do cérebro humano, baseando-se em projetos anteriores que mapearam células do cérebro de ratos e partes do cérebro humano.
  • Fenna Krienen, da Princeton, destacou que este lançamento é um avanço significativo na neurociência, ajudando a entender as particularidades do cérebro humano.
  • John Ngai, da NIH, afirmou que a disponibilidade desses dados permitirá que pesquisadores de todo o mundo aprofundem seu conhecimento sobre o cérebro, beneficiando o tratamento de doenças neurológicas.
Reprodução de um cérebro
Conjunto extenso de dados vai ajudar especialistas a entender mais áreas do nosso cérebro (Imagem: Milad Fakurian/Unsplash)

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O lançamento visa acelerar descobertas em neurociência, proporcionando acesso inédito a dados brutos de células cerebrais em diferentes espécies e estágios de desenvolvimento. Tradicionalmente, esse processo pode levar anos, mas a BICAN prioriza o compartilhamento rápido de dados para fomentar a colaboração.

Os pesquisadores poderão usar esses dados abertos para mapear e definir tipos de células cerebrais, oferecendo novas perspectivas sobre sua diversidade e função. Thompson ressaltou a importância de garantir que os dados gerados contribuam para mais estudos e ajudem a comunidade científica.

Avanços no mapeamento do cérebro podem permitir que novos tratamentos para doenças neurológicas sejam descobertos – Imagem: nepool/Shutterstock