A Microsoft anunciou nesta segunda-feira (1°) que passará a vender o Teams, seu aplicativo de bate-papo e vídeo, separadamente de seu pacote Office em todo o mundo. Segundo informações da Reuters, decisão vem após big tech separar os dois produtos na Europa, em uma tentativa de evitar uma multa antitruste da União Europeia.
O que você precisa saber:
- A Comissão Europeia investiga a vinculação do Office e do Teams pela Microsoft desde uma reclamação de 2020 feita pela Salesforce;
- O Teams foi adicionado gratuitamente ao Office 365 em 2017, em substituição ao Skype for Business. Ele se tornou muito popular durante a pandemia devido à sua videoconferência;
- Empresas rivais, no entanto, dizem que oferecer os produtos em um combo dá à Microsoft uma vantagem injusta;
- A big tech começou a vender os dois produtos separadamente na UE e na Suíça em agosto do ano passado;
- A nova medida já vale a partir desta segunda-feira (1°).
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Para garantir clareza aos nossos clientes, estamos alargando as medidas que tomamos no ano passado para separar as equipes do M365 e do O365 no Espaço Econômico Europeu e na Suíça para clientes em todo o mundo.
Porta-voz da Microsoft em comunicado.
Com a mudança, uma nova linha de pacotes comerciais Microsoft 365 e Office 365 que não incluem Teams será disponibilizada em regiões fora do EEE (Espaço Econômico Europeu) e da Suíça. Uma opção autônoma do Teams para clientes empresariais também será oferecida.
A medida já vale a partir de hoje, 1º de abril. Os clientes poderão continuar com o acordo de licenciamento atual, renová-lo, atualizá-lo ou mudar para as novas ofertas.
E os preços?
Para novos clientes comerciais, os preços do Office sem Teams variam de US$ 7,75 (R$ 38) a US$ 54,75 (R$ 273), a depender do produto. Os números podem mudar conforme o país e a moeda. A empresa não divulgou mais detalhes.
Apesar da intenção da Microsoft (se livrar de multas antitruste), a separação dos produtos pode não ser suficiente. Conforme fontes à Reuters, as acusações antitruste da UE devem ser enviadas à empresa nos próximos meses.
Vale lembrar que a Microsoft já acumula 2,2 bilhões de euros (R$ 11,8 bilhões) em multas antitrustes na UE por vincular ou agrupar dois ou mais produtos. Agora, se a companhia for considerada culpada, pode receber mais uma penalidade de até 10% do seu volume de negócios anual global.