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Misturar essas duas bebidas pode prejudicar o seu cérebro

Uma combinação de bebidas bastante comum, especialmente para os mais jovens, pode ser prejudicial ao cérebro. É o que revelam testes feitos em roedores por pesquisadores da Universidade de Cagliari, na Itália, como parte de um novo estudo.

Mistura de álcool com energético (Imagem: Mehmet Cetin/Shutterstock)

Diminuição da capacidade de adaptação do cérebro

  • De acordo com o trabalho, publicado na revista científica Neuropharmacology, misturar álcool com energético pode levar a mudanças na parte do hipocampo.
  • Isso pode causar problemas do ponto de vista cognitivo.
  • Durante os testes, ratos foram separados em três grupos.
  • O primeiro recebeu apenas energético, enquanto o segundo somente álcool.
  • Já o terceiro grupo recebeu uma mistura das duas bebidas.
  • Os cientistas, então, realizaram exames cerebrais e testes comportamentais nos roedores até 53 dias depois do consumo dos produtos.

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Efeitos negativos para o aprendizado e para a memória

O estudo revelou que os roedores que ingeriram a mistura de álcool e energético apresentaram maior dificuldade de aprender e lembrar. As mudanças aconteceram principalmente no hipocampo do cérebro, justamente a área responsável pelo aprendizado e pela memória.

Os pesquisadores concluíram que a mistura pode afetar a plasticidade do hipocampo, prejudicando a capacidade do cérebro de se adaptar e mudar em resposta a novas informações.

Aprendizado e memória são prejudicados pela mistura das bebidas (Imagem: PopTika/Shutterstock)

Por outro lado, os ratos que consumiram álcool e energético separadamente mostraram inicialmente um aumento nas funções cerebrais, principalmente em uma proteína que ajuda no crescimento dos neurônios. No entanto, esses benefícios não duraram muito e, com o passar do tempo, houve um declínio na capacidade cerebral dos animais.

A conclusão dos cientistas é que a exposição ao consumo excessivo de álcool na adolescência representa um hábito que pode afetar permanentemente a plasticidade do hipocampo. Os resultados ainda precisam ser confirmados em estudos com humanos, o que deve acontecer nos próximos meses.