Na berlinda no Athletico, Varini responde sobre pressão no cargo

O técnico Martín Varini não disse estar preocupado com a chance de ser demitido no Athletico. Após a eliminação na Copa do Brasil para o Vasco, o uruguaio ressaltou que sabe que o time precisa melhorar, mas que está tranquilo.

“Na questão do cargo, estou focado no meu trabalho. Sei que, no momento que cheguei no clube, estava lutando pela terceira fase da Copa do Brasil. Conseguimos chegar nas quartas e estou muito tranquilo com o ambiente que temos no CT. É uma energia muito boa. Sabemos que estamos dentro de um processo, sempre temos coisas para melhorar”, afirmou.

Além de ressaltar que o Furacão está nas quartas de final da Sul-Americana, reforçando o foco do clube no mata-mata, Varini ainda deixou claro que está alinhado com a direção do clube e está satisfeito com o rendimento do time.

“O clube tem muito claro o que quer para o futuro. Estamos trabalhando nisso. Claro que ficamos chateados por não passar, mas o nível que a equipe mostrou dá para pensar que, se conseguir manter esse nível, vamos seguir ganhando”, completou.

Após a eliminação e em queda livre na tabela do Brasileirão, a pressão interna aumentou sobre o treinador. Apesar da possibilidade não ser grande, é possível que um revés diante do vice-líder Fortaleza neste sábado (14) possa culminar na saída de Varini no comando do time principal.

Vale lembrar que a equipe não vence como mandante no Brasileirão há sete jogos, sendo cinco derrotas seguidas. Nem todos os jogos foram com o uruguaio, mas ele mantém a pior campanha da história do clube, que celebra o aniversário neste ano.

Além disso, a sequência do Furacão no Brasileiro não é animadora. Depois do Fortaleza, o time encara o Criciúma, fora de casa, só que entre os duelos contra o Racing, da Argentina, pelas quartas da Sul-Americana. Depois disso, a equipe enfrenta o Flamengo (fora), Botafogo (casa) e Corinthians (fora).

Ao todo, Varini está no comando do Athletico há 16 jogos. São oito vitórias, dois empates e seis derrotas, um aproveitamento de 54,1%. Mas, se fizermos um recorte apenas na Série A, são sete jogos, com apenas uma vitória, um empate e cinco derrotas, aproveitamento de 19%.

Varini explica substituições contra o Vasco

Uma das irritações da torcida rubro-negra com o técnico são as substituições no decorrer dos jogos. Em muitos casos, o time não melhora o desempenho com as trocas. Além disso, Varini é considerado culpado em tirar alguns atletas que estão indo bem nos confrontos.

Ao ser questionado sobre as mudanças, o treinador refutou que a eliminação teve relação com as substituições.

“São muitos detalhes, mas não acredito que ficar focado nas substituições tem algo a ver com a não passada à semi. Você pode achar que sim, mas eu acho que não. Mesmo com a substituições, o nível se manteve e seguimos gerando chances até o fim. Simplesmente a bola não quis entrar e não conseguimos fazer esse gol a mais”, disse.

Contra o Vasco, por exemplo, o treinador sacou o meia Bruno Zapelli, que estava bem e anotou o segundo gol, para a entrada da jovem promessa João Cruz. Depois, no fim, o meia Nikão entrou na vaga do atacante Tomás Cuello, mas, mesmo com experiência e sem desgaste, o ídolo rubro-negro não bateu nenhuma cobrança nas penalidades.

“A primeira substituição foi quase aos 25 minutos. A gente precisava de algo mais. Concordo, tanto Bruno quanto Tomás estavam bem. A do Tomás foi quase ao final para buscar algo mais porque temos a canhota do Nikão para cruzar. E João Cruz, vocês mesmo falavam que era o melhor jogador do time e tinha que jogar. Ele entrou porque vai bem em cruzamento, tivemos muita chance com ele na bola parada. Bruno também estava com cartão amarelo”, completou Varini.

Tentando reagir no Brasileirão, o Athletico encara o Fortaleza neste sábado (14), às 18h30, na Ligga Arena, em Curitiba, pela 26ª rodada.