Um projeto desenvolvido pela Universidade de São Paulo (USP) apresenta uma nova possibilidade para identificação e tratamento do câncer. Durante o estudo, pesquisadores usaram nanopartículas de ouro revestidas com vesículas extracelulares.
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Tecnologia também pode ajudar na identificação da doença
- A equipe da USP explica que o revestimento é responsável pela biomimetização, ou seja, por imitar uma estrutura biológica.
- A partir deste processo, a ideia é criar uma partícula biocompatível.
- Dessa forma, seria criado um sistema híbrido capaz de fazer um diagnóstico e, ao mesmo tempo, servir como um tratamento contra o câncer.
- As informações são do Jornal da USP.
Nanopartículas inorgânicas precisam de aprovação
Segundo os pesquisadores, a tecnologia desenvolvida é capaz de incrementar a internalização de agentes teranósticos, que são responsáveis por unir aplicações diagnósticas e terapêuticas nanocientíficas para formar um único agente.
A ideia é usar o processo em células-chave do câncer. A partir da escolha dos “alvos” é possível incidir um laser próximo do infravermelho e fazer o aquecimento local. Tudo isso pode permitir o tratamento da doença.
O projeto da USP ainda está em uma fase inicial e os próprios cientistas destacam que ainda é cedo para falar sobre uma cura para o câncer. Ensaios in vitro estão sendo realizados e posteriormente serão necessários exames pré-clínicos.
Por isso, os pesquisadores estão buscando financiamento para garantir a criação de toda a estrutura necessária para avançar nos trabalhos e poder testar, futuramente, a tecnologia com toda a segurança exigida.
Outro ponto a ser superado tem relação com a aprovação por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A entidade precisa liberar o uso de nanopartículas inorgânicas para que o estudo da USP possa avançar ainda mais.